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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


Rússia X Ucrânia: Guerra completa duas semanas com número incerto de mortos

Colaboração para o UOL

09/03/2022 11h00

A invasão da Ucrânia pela Rússia completa hoje duas semanas. Em 24 de fevereiro, moradores de diferentes cidades acordaram com o estrondo das bombas e viram suas rotinas mudar subitamente. Com o passar do tempo, o conflito foi se intensificando com os ataques aéreos e o avanço das tropas chefiadas pelo presidente russo Vladimir Putin pelo norte, leste, sul e sudeste do país.

O número de refugiados foi crescendo dia após dia. Hoje, já estava em torno de 2,2 milhões de pessoas, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). O país conta com uma população estimada em 44 milhões de pessoas, ou seja, um em cada 20 ucranianos já deixou o país.

O principal destino tem sido a Polônia, que já recebeu 1,2 milhão de pessoas, além de Hungria e outros países da região. Mais de 90 mil pessoas também cruzaram a fronteira para a Rússia.

Rússia x Ucrânia: Para onde vão os refugiados? - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Em meio à escalada da violência, surge também a guerra de informações, com números difíceis de serem checados. Segundo a Ucrânia, mais de 12 mil militares russos foram mortos na invasão. A Rússia, por sua vez, diz ter perdido cerca de 500 soldados, conforme anúncio feito em 2 de março —não houve outro até agora, segundo as agências de notícias.

Já os Estados Unidos estimam entre 2.000 e 4.000 russos mortos no conflito. O governo ucraniano não informa as perdas de soldados do país. Balanço da ONU indica a morte de cerca de 500 civis na Ucrânia.

Desde o início da guerra, a Rússia tem sofrido sanções dos Estados Unidos e seus aliados. Ontem, os norte-americanos anunciaram que irão suspender as importações de petróleo, gás e energia russos. Empresas como a Coca-Cola, a Pepsi, o McDonald's, a Starbucks e a L'Oréal também anunciaram a suspensão de suas atividades na Rússia por causa da guerra do país.

A guerra também fez surgir a figura do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, um comediante que assumiu o posto de 2019, e que continua na capital Kiev enquanto os russos se aproximam.

Rússia x Ucrânia: áreas sob controle russo - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

2ª semana de conflito

Hoje, 14º dia da invasão, a Rússia concordou com um cessar-fogo de 12 horas em seis regiões da Ucrânia para que civis pudessem ser evacuados. A retomada aconteceu a partir da metade da manhã em território ucraniano, junto com a trégua temporária.

Ontem, a Ucrânia voltou a registrar ataques russos no 13º dia da guerra. Em Chernigov, no norte de Kiev, três adultos morreram e três crianças ficaram feridas após a explosão de uma mina terrestre. Apesar disso, a Ucrânia afirma que o avanço das forças russas na Ucrânia desacelerou significativamente.

O dia também foi marcado por uma reação do governo da Rússia às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e por países aliados. Putin assinou um decreto proibindo a importação e exportação de matérias-primas para a Rússia até 31 de dezembro deste ano.

A medida foi divulgada horas depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciar a proibição da importação de petróleo russo pelos Estados Unidos.

Na quarta-feira (8), 12º dia da guerra, houve a retomada do controle da cidade de Chuhuiv, no nordeste do país, e do aeroporto em Mykolayiv. Porém, os ataques aéreos continuaram e em Makariv, na região de Kiev, ao menos 13 civis morreram.

O dia foi marcado ainda pela terceira rodada de negociação entre os países. Rússia e Ucrânia apresentam condições conflitantes para encerrar a guerra. Kiev exige que as tropas russas saiam de seu território imediatamente e sem pré-condições. O Kremlin quer a rendição ucraniana e apresentou uma lista (veja abaixo) de reivindicações para o fim da guerra.

Já o 11º dia da invasão foi marcado pela intensificação dos ataques em áreas cada vez mais próximas a Kiev. Um ponto de evacuação de civis e um aeroporto foram bombardeados. O primeiro local atacado fica na cidade de Irpin, a apenas 25 quilômetros da capital. A região é o único ponto de evacuação de civis a oeste de Kiev.

Ao menos quatro pessoas da mesma família foram mortas — pai, mãe e duas crianças — afirmaram as autoridades ucranianas. Outras quatro pessoas também foram mortas na cidade, porém as circunstâncias não foram detalhadas.

No 10º dia, as atenções estavam voltadas para a cidade de Mariupol, região portuária no leste do país. Um corredor humanitário foi autorizado pelo Kremlin, porém a prefeitura afirmou que o cessar-fogo não estava sendo respeitado para a retirada de civis. Bombardeiros foram registrados na cidade e em seus arredores.

A Rússia afirmou ter cumprido as condições e alegou que nacionalistas ucranianos impediram a retirada de civis —o que autoridades ucranianas negam. Diante do impasse, o governo russo declarou a retomada da ofensiva.

Já no nono dia da guerra foi marcado pela tomada da maior usina nuclear da Europa, por novos ataques e pelo avanço das tropas do Kremlin rumo à Kiev. Além disso, o presidente Zelensky fez um discurso com duras críticas à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Já o oitavo dia da invasão da Rússia à Ucrânia teve avanços nas negociações, com a criação de um corredor humanitário para a fuga de civis. Porém, os ataques continuaram —um dos alvos foi um depósito de petróleo em Chernihiv, no norte da Ucrânia.

1ª semana de conflito

No 7º dia, houve intensificação dos ataques aéreos em diferentes cidades. A estratégica Kherson —próxima à Crimeia— foi tomada, a Câmara Municipal de Kharkiv —segunda maior do país — foi atingida e também uma estação ferroviária em Kiev.

Em meio aos ataques, a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução deplorando a ofensiva, pedindo a retirada imediata das tropas e apelando para que negociações sejam estabelecidas.

No dia anterior, os ataques aéreos da Rússia prosseguiram e atingiram pontos estratégicos da Ucrânia. Em Kiev, um dos alvos foi uma torre de TV. Já em Kharkiv um míssil se chocou contra um prédio do governo e foguetes também atingiram parte de uma área residencial.

Já no quinto houve uma rodada de negociações sem acordo e bombardeios em Kharkiv, a segunda maior cidade do país.

No dia anterior, as forças militares da Rússia conquistaram avanços significativos em regiões importantes da Ucrânia, furando o bloqueio inimigo e chegando a Kharkiv. As cidades de Kherson e Berdyansk, no sul da Ucrânia, também foram alcançadas. E houve grandes explosões em Vasylkiv, que atingiram um gasoduto e abriram um clarão no céu da capital.

No terceiro dia, Kiev foi alvo de diversos bombardeios. Um míssil da Rússia atingiu um prédio residencial e deixou 35 feridos. Além da capital da Ucrânia, as cidades de Sumy, Poltava e Mariupol também são alvos dos russos.

No segundo dia de confronto um tanque russo foi flagrado atropelando o carro de um civil na Ucrânia. O presidente Zelensky disse que os bombardeiros ocorreram em áreas residenciais de Kiev. Ele ainda fez uma comparação com o nazismo.

O primeiro dia de conflito foi marcado por centenas de mortos e fuga de moradores, que fizeram filas em mercados, caixas eletrônicos e em trens. Houve registro de engarrafamento nas estradas. Em menos de 48 horas, mais de 50 mil refugiados deixaram a Ucrânia.