Toffoli quer que Moro informe se Glenn Greenwald é investigado
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pediu hoje que Sergio Moro, titular da pasta da Justiça e Segurança Pública, informe se a Polícia Federal está investigando o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil. O despacho veio na esteira de uma ação impetrada pela Rede Sustentabilidade, que pede a inconstitucionalidade de qualquer investigação sobre Greenwald.
O pedido da Rede versa também sobre o ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes, que abriga o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) - órgão que teria sido incumbido pela PF de investigar as movimentações financeiras do jornalista.
Há cerca de duas semanas, o site O Antagonista publicou uma nota que dizia que a Polícia Federal havia requerido ao Coaf um histórico das movimentações financeiras de Greenwald. O TCU (Tribunal de Contas da União) intimou o órgão para prestar esclarecimentos, mas a resposta não foi clara.
Na resposta elaborada pelo Coaf, publicada pela Folha, o órgão afirmou que "não realiza investigações, nem mesmo a pedido da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão, tampouco analisa financeiramente as contas de pessoas físicas ou jurídicas."
Um trecho do texto, no entanto, é ambíguo: "poderá ocorrer que o Coaf produza um RIF (Relatório de Inteligência Financeira) ao obter, por comunicação feita pela Polícia Federal, algum elemento de informação que se revele, em conjunto com informações já possuídas pelo Coaf, significativo para a identificação de fundados indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro ou de qualquer outro ilícito."
Ainda segundo a reportagem da Folha, o Coaf não explicita se, de fato, elaborou algum relatório sobre Greenwald ou se recebeu alguma orientação da PF para investigá-lo.
Greenwald é um dos responsáveis pela publicação de uma série de diálogos entre procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz Sergio Moro.
As conversas sugerem que Moro orientou operações do MPF, ajudou os procuradores com a indicação de testemunhas e discutiu abertamente sobre decisões que tomaria nos processos -- o que é vedado pelo ordenamento jurídico do país.
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