Hacker diz que era fã da Lava Jato: "mas me senti enganado"
O hacker responsável pelo ataque para obter mensagens de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato disse que era um admirador da investigação que apurava esquemas de corrupção envolvendo políticos e a Petrobras. Mas, após ter invadido a conta do procurador Deltan Dallagnol no Telegram, diz ter se desiludido.
"Eu era fã. Mas, assim que entendi a manipulação deles, eu me senti enganado. Vi que a Lava-Jato era mais política do que jurídica", disse Walter Delgatti Neto à revista Veja.
Na entrevista, o hacker, que estudava Direito, disse que queria se informar sobre as investigações ao invadir o celular de Deltan. Segundo o invasor, o procurador não eliminava nenhum arquivo na conta do Telegram.
Para ele, as supostas mensagens às quais teve acesso "têm poder para anular toda a Lava Jato, sem dúvida". Os procuradores que integravam a força-tarefa —encerrada no início do mês—não reconhecem a veracidade das mensagens, e dizem que elas poderiam ter sido adulteradas.
Hoje, Neto, de 31 anos de idades, vive com a avó em Araraquara, no interior paulista. Alvo da Operação Spoofing, ele usa uma tornozeleira eletrônica em razão do ataque criminoso.
Para 2022, o hacker tem o plano de entrar na política para disputar uma cadeira de deputado federal por um partido de esquerda.
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