Laudo psiquiátrico diz que Cachoeira está apto a depor na quarta-feira
Uma avaliação psiquiátrica de Carlinhos Cachoeira concluiu que ele está apto a depor na quarta-feira (25) em audiência na Justiça Federal em Goiânia, onde corre a ação penal decorrente da operação Monte Carlo da Polícia Federal. Cachoeira e outros sete réus são acusados de formação de quadrilha armada, corrupção e outros crimes.
A avaliação psiquiátrica foi feita por peritos da Polícia Federal nomeados pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, responsável pelo caso. "Ele não tem nenhuma perturbação mental e está apto a participar da audiência", confirmou a procuradora Léa Batista Oliveira, do Ministério Público Federal em Goiás, que atua na ação.
Nesta terça (24), estão sendo tomados os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa. Na parte da manhã, foi ouvido o policial da PF Fábio Azevedo Shor, que atuou na Monte Carlo. Ainda faltam ouvir outras três testemunhas de acusação e outras dez da defesa.
Mas tanto o MPF quanto advogados avaliam a possibilidade de dispensar algumas testemunhas, pois não haveria tempo hábil para todos os depoimentos até o fim do dia.
Cachoeira presente
Leia mais
- Para petista, documentos da CPI podem embasar impeachment de Perillo
- PSDB acusa CPI de perseguição e diz confiar em Perillo
- PT quer usar CPI para desviar foco do mensalão, diz presidente do PSDB
- PSOL apresenta requerimento para reconvocação de Marconi Perillo à CPI
- Reportagem que liga Perillo à Delta é "infame e desleal", diz governo de GO
- Casa onde Cachoeira foi preso em fevereiro está à venda por R$ 2,5 milhões em GO
- Jornalista diz ter recebido dinheiro de caixa dois de Perillo com recursos da Delta
- Relator pergunta sobre quebra de sigilo e gera bate-boca
Cachoeira e outros réus, como o sargento aposentado da PF Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, estão presentes na audiência. Eles estão sentados nas primeiras filas do auditório da Justiça Federal em Goiânia, ao lado de policiais federais. Cachoeira está visivelmente mais magro e abatido. O juiz perguntou se os réus autorizavam a imprensa a filmá-los e fotografá-los. Cachoeira, preso desde fevereiro, foi o primeiro a levantar o dedo sinalizando que não concordava.
Durante o primeiro depoimento, advogados de defesa tentaram diversas vezes desqualificar as provas da acusação, principalmente as escutas telefônicas, e chegaram a bater-boca com os procuradores e o juiz. Eles reclamaram da imprensa, pediram ao juiz que evitasse a produção de imagens e defenderam que não deveriam ser revistados antes de entrar na sala de audiência, ao contrário de todos os outros presentes. "Essa tentativa de desqualificar o trabalho da PF e do Ministério Público é natural da defesa", minimizaram os procuradores que atuam no caso.
O interrogatório foi interrompido às 13h40 para almoço.
A procuradora Léa Batista de Oliveira contou, durante o intervalo, que recebeu ao todo três e-mails com ameaças por sua atuação na operação Monte Carlo. "Também houve uma tentativa de invasão da casa", afirmou ela. O primeiro e-mail teve autoria atribuída ao ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza. Ele chegou a ser preso por conta das ameaças, mas foi solto esta semana, após pagar fiança.
Léa informou que os outros dois e-mails partiram de Anápolis, em Goiás, mas a autoria ainda não foi confirmada.
"O juiz deixou bem claro que, a partir da investigação dos novos e-mails, mudando o quadro, pode ser decretada novamente a prisão", disse a procuradora.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.