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Bombardeio israelense em Gaza mata 4 crianças da mesma família

 Uma agência de notícias palestina compartilhou no Facebook o que seriam imagens de quatro crianças correndo do bombardeio israelense em Gaza. A autenticidade das fotografias não pode ser confirmada, mas um repórter do "The New York Times", que está no local, disse que parecem ser verdadeiras - Reprodução/Facebook/Media 24
Uma agência de notícias palestina compartilhou no Facebook o que seriam imagens de quatro crianças correndo do bombardeio israelense em Gaza. A autenticidade das fotografias não pode ser confirmada, mas um repórter do "The New York Times", que está no local, disse que parecem ser verdadeiras Imagem: Reprodução/Facebook/Media 24

Do UOL, em São Paulo

16/07/2014 14h58Atualizada em 16/07/2014 15h31

Quatro crianças de uma mesma família foram mortas nesta quarta-feira (16) em uma praia em Gaza em bombardeios da aviação israelense.

As bombas israelenses destruíram uma cabana na praia onde se encontrava um grupo de crianças, a 200 metros de um hotel da Cidade de Gaza onde os jornalistas se encontram hospedados.

Horas antes do bombardeiro, o Exército israelense  havia recomendado a 100 mil habitantes do norte da faixa de Gaza que abandonassem suas casas "para sua própria segurança", o que, contudo, não resultou em um êxodo em massa de palestinos.

A operação, que Israel diz ter como objetivo interromper o lançamento de foguetes contra seu território, foi iniciada há oito dias e já deixou 204 palestinos mortos, segundo autoridades. A ONU advertiu que a maioria das vítimas é civil.

Na terça-feira, Israel registrou sua primeira morte - um homem de 38 anos atingido por um morteiro disparado desde Gaza, segundo a imprensa.

Israel retomou seus ataques aéreos com o fracasso de uma tentativa do Egito de mediar um cessar-fogo na terça-feira, e disse que militantes dispararam dezenas de foguetes demonstrando que não respeitariam o cessar-fogo.

Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL

O gabinete de segurança de Israel havia aprovado o acordo, mas o Hamas inicialmente rejeitou-o, dizendo que os termos não contemplavam o bloqueio à Gaza, que tem causado uma profunda crise econômica no território.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse "não ter escolha" a não ser intensificar a campanha militar.

"Se não há um cessar-fogo, nossa resposta é fogo", disse. "Este [problema] poderia ser resolvido melhor diplomaticamente, e isto foi o que tentamos fazer quando aceitamos a proposta egípcia, mas o Hamas nos deixa sem escolha a não ser ampliar e intensificar nossa campanha contra eles".

Mais de 140 foguetes

O Exército israelense usou mensagens telefônicas gravadas e panfletos para alertar os resisdentes de Gaza sobre os ataques iminentes. Dez pessoas teriam morrido no território durante ataques noturnos.

A agência da ONU para refugiados palestinos disse na terça-feira que centenas de milhares de palestinos estão sem acesso à água após os ataques israelenses e que 560 casas haviam sido destruídas.

Militantes palestinos dispararam mais de 140 foguetes contra Israel na terça-feira, segundo o Exército israelense, e mais de 1.100 mísseis nos úlitimos oito dias.

Israel tem mobilizado dezenas de milhares de soldados na fronteira com Gaza em meio a especulações sobre a possibilidade de uma ofensiva terrestre.