Síria dá à luz quíntuplos semanas após fugir a pé do Iraque
Uma mulher de 27 anos deu à luz quíntuplos, semanas após fugir a pé da violência no Iraque. Segundo a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, ela estava grávida de sete meses e a cesárea ocorreu num hospital da cidade de Qamishli, na Síria.
A jovem da minoria étnica yazidi é síria e casada com um iraquiano, por isso vivia em Mossul desde o ano passado. O casal conseguiu escapar logo após militantes tomarem poder da cidade, em junho.
Sem Dinheiro
Ela contou ao Acnur que precisou andar a pé, durante dois dias, até chegar na fronteira entre Iraque e Síria. O casal estava com outras sete famílias yazidis e tinha apenas uma garrafa de água para compartilhar.
Segundo a agência da ONU, a mãe e os cinco bebês passam bem e estão hospedados com familiares na Síria. A jovem relatou ao Acnur estar preocupada com sua situação financeira e em não poder comprar fraldas e leite para os filhos.
O marido dela está desempregado e os irmãos também. A agência da ONU deu fraldas, lenços de limpeza e uma quantia em dinheiro para ajudar a família.
Violência Sexual
O Acnur está coordenando a resposta humanitária da ONU na Síria, em relação aos yazidis que fogem da violência no Iraque. Nesta quinta-feira (21), o Fundo das Nações Unidas para a Infância alertou sobre assassinatos, raptos e violência sexual contra crianças e mulheres iraquianas.
O Unicef afirma que o tipo e o nível de violência contra minorias no Iraque estão entre os "piores já vistos neste século". Em Ninewa, perto da fronteira com a Síria, a agência documentou 123 casos de violações cometidas por grupos armados contra yazidis.
Em Dohuk, na região autônoma do Curdistão, o Unicef está fornecendo assistência psicossocial para mais de 3 mil crianças desalojadas.
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