Militares acham meia tonelada de maconha do CV enterrada no Alemão
Militares do Exército e policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) apreenderam cerca de 500 kg de maconha na favela da Grota (zona norte do Rio). A droga foi encontrada durante operação nos complexos de favelas do Alemão, Penha e Maré que ocorre desde o início da semana.
De acordo com o Comando Conjunto da intervenção, a apreensão dos 500 kg de maconha representa perda financeira de cerca de R$ 2,4 milhões para a facção criminosa Comando Vermelho.
O entorpecente estava prensado em 486 tabletes escondidos em um buraco que funcionava como depósito de drogas em uma área de difícil acesso em um matagal. Com essa apreensão, o total de maconha da facção criminosa encontrado nos três complexos de favelas durante a operação passa de uma tonelada (1.054 quilos).
A droga foi encontrada na quarta-feira (22), mas a apreensão só foi divulgada nesta quinta-feira (23).
O Comando Conjunto da intervenção afirmou que o local foi descoberto a partir de denúncias anônimas e informações obtidas pelo setor de inteligência. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone (21) 2253-1177.
Desde o início da intervenção em 16 de fevereiro, as Forças Armadas realizaram mais de 80 operações ostensivas de ocupação e patrulhamento em favelas do Rio de Janeiro. Críticos afirmam que esse tipo de ação seria ineficiente, pois os traficantes de drogas retomam o controle do território assim que os militares deixam ao local. Eles dizem ainda que a ação expõe moradores ao risco de serem atingidos por balas perdidas.
Os interventores dizem que as ações são emergenciais e não visam resolver o problema estrutural da segurança, mas enfraquecer o crime organizado.
Desde o início da ação nas 26 favelas que formam os complexos do Alemão, Penha e Maré e abrigam mais de 500 mil pessoas, oito pessoas morreram baleadas --cinco suspeitos e três militares do Exército. Ao menos 70 pessoas foram presas, entre elas dois líderes do Comando Vermelho que comandavam o tráfico nos morros do Jacarezinho (zona norte) e Antares (zona oeste).
A operação também gerou críticas de moradores, que afirmaram ter tido suas casas invadidas por militares e disserem que as autoridades não estariam deixando familiares ter acesso a supostos corpos que se encontrariam em um matagal.
As Forças Armadas negaram a invasão de domicílios e levaram três líderes comunitários ao matagal, onde nenhum corpo foi encontrado. Fontes militares atribuíram ao menos parte das denúncias a um trabalho de contrainformação realizado por simpatizantes do Comando Vermelho.
O promotor da Justiça Militar Jorge Augusto Lima Melgaço disse na segunda-feira (20) que a operação foi desempenhada dentro da lei.
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