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Vazamentos da Lava Jato

Chamado de "tonto" em mensagens atribuídas a Moro, MBL diz ser independente

Boneco representando o ministro do STF Teori Zavascki foi usado em protesto de apoiadores da Lava Jato na avenida Paulista em 2016. Na ocasião, bonecos do ex-presidentes Lula e Dilma também foram exibidos - Renato S. Cerqueira - 27.mar.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo
Boneco representando o ministro do STF Teori Zavascki foi usado em protesto de apoiadores da Lava Jato na avenida Paulista em 2016. Na ocasião, bonecos do ex-presidentes Lula e Dilma também foram exibidos Imagem: Renato S. Cerqueira - 27.mar.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

23/06/2019 14h32

O MBL (Movimento Brasil Livre) disse que as mensagens publicadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria com o site de The Intercept Brasil "mostram que o MBL sempre atuou de forma independente dos juízes e procuradores envolvidos na Lava Jato".

Em diálogo com o coordenador da força-tarefa no MPF (Ministério Público Federal), o procurador Deltan Dallagnol, o atual ministro da Justiça e ex-juiz federal Sergio Moro chamou alguns integrantes do MBL de "tontos", segundo a reportagem.

Na noite de 23 de março de 2016, ao comentar um ato do grupo contra o então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, Moro escreveu a Dallagnol: "não sei se vocês têm algum contato, mas alguns tontos daquele Movimento Brasil Livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro [Zavascki]. Isso não ajuda evidentemente".

A manifestação era a respeito de uma reprimenda do ministro, morto em 2017, a respeito da divulgação de conversas telefônicas entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Dallagnol, então, responde que não tem contatos com o MBL porque o grupo teria "bravo" em razão de a Lava Jato não ter apoiado manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma em 2015.

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Em posicionamento publicado em sua conta no Twitter, o MBL diz que as mensagens vazadas mencionando o grupo não apontam "nada demais". "Os inimigos da Lava Jato vão passar mais um dia sem nada relevante e seus bandidos de estimação continuarão na cadeia".

O movimento também aponta que as mensagens provam que nunca houve contato "com alguém da Justiça Federal ou do MP durante esses anos todos de operação". "A tese de um grande conluio contra o PT cai mais uma vez por terra".

Tanto Moro quanto a força-tarefa não reconhecem as mensagens como autênticas. Sobre o episódio envolvendo o MBL, Moro disse à Folha e ao The Intercept que sempre respeitou o grupo. A Lava Jato ainda não se manifestou.

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