"Eu posso ter dito, eu não lembro". Veja 10 frases de Moro na Câmara
Em uma audiência barulhenta e que terminou em bate-boca, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi questionado pela segunda vez no Congresso sobre as mensagens atribuídas a ele e a integrantes da Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
Mesmo sob pressão dos deputados da oposição, Moro se mostrou mais à vontade ontem do que quando foi ao Senado falar sobre o mesmo tema.
Ao longo de 7 horas de sessão, o ministro evitou entrar em bate-boca, questionou a veracidade das mensagens que teriam sido escritas por ele e não descartou ter participado de alguns diálogos, cujo conteúdo ele minimiza.
Veja 10 frases ditas pelo ministro na Câmara:
Nunca me coloquei numa posição central nessa operação. Isso é uma coisa que eu particularmente rejeito. Foi um trabalho institucional
Ao dizer que não protagonizou a Lava Jato
Quanto às mensagens, é que eu disse desde o começo: apresentem todas. Se as minhas mensagens não foram adulteradas, não tem nada ali, nada. É um balão vazio cheio de nada
Ao minimizar conteúdo das mensagens
Quando se reclama de condenações que têm que ser anuladas, normalmente a referência é a um único personagem, mas ninguém se levanta para defender Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Renato Duque ou todas aquelas mais de 100 pessoas que foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro
Referindo-se à condenação do ex-presidente Lula
Eu posso ter dito, eu não lembro, isso foi em 2016. Seria uma paródia do dólar norte-americano. Algo mais inocente possível, se é que isso foi empregado
Sobre referência à frase "In Fux we trust"
Esse mesmo site, no dia 13 de junho, divulgou outras mensagens sem qualquer espécie de consulta prévia, o que é um expediente em jornalismo um tanto quanto reprovável. Fiquei com a impressão de que o site queria que fosse ordenada uma busca e apreensão, talvez para aparentar uma espécie de vítima, um mártir da imprensa ou coisa parecida
Ao acusar o The Intercept de querer ser "mártir da imprensa" por não ter consultado as partes envolvidas nos diálogos antes da publicação
Se alguém foi culpado pelo impacto econômico em cima dessas empresas foram aqueles que praticaram corrupção, seja aqueles que pagaram sistematicamente, sejam aqueles que receberam. Então foram essas pessoas que fizeram escolhas ruins que geraram consequências. O policial não é responsável pelo assassinato quando encontra o cadáver da vítima. O assassino é outro
Rebatendo que a Lava Jato tenha causado impactos econômicos
Eu nunca fui responsável por nenhum vazamento ilegal dentro da operação Lava Jato. As decisões, nós levantávamos sigilo com base na Constituição, com a necessidade da publicidade dos processos. Tudo isso foi feito com transparência. Ninguém adulterou provas
Ao negar vazamentos criminosos quando era juiz da operação
A meu ver, o que existe aqui é uma tentativa criminosa de invalidar condenações, e o que é pior, a minha principal suspeita é a de que o objetivo principal seja o de evitar o prosseguimento das investigações contra criminosos que receiam que as investigações possam chegar até eles e que estão querendo se servir desses expedientes para impedir que as investigações prossigam
Ao defender que vazamentos são criminosos e querem evitar andamento de investigações
Tudo bem. Liberdade de imprensa, paciência. Eu acho só, às vezes, uma estranha prioridade desses veículos que vêm dando tanta atenção para esses tipos de fatos. Mas, como eu disse, nós não vamos tomar nenhuma atitude contra a liberdade de imprensa. Nós respeitamos
Ao dizer que respeita a liberdade de imprensa
Se é que aquilo é verdade, tem procuradores ali que nem atuaram na Lava Jato, nunca atuaram comigo. Se eventualmente um ou outro falou aquilo, nunca trabalharam comigo para poder fazer esse tipo de informação
Sobre mensagens atribuídas a procuradores com críticas ao então juiz
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