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Sequestradores de jornalista haviam pedido US$ 132,5 milhões por sua libertação

Em Washington

21/08/2014 13h25Atualizada em 21/08/2014 14h41

Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) pediram US$ 132,5 milhões (quase R$ 300 milhões) em troca da libertação do jornalista americano James Foley, sequestrado na Síria em 2012 e decapitado nesta semana, informou o "GlobalPost", publicação para o qual o profissional trabalhava.

Philip Balboni, presidente do "GlobalPost", disse ao "Wall Street Journal" que a quantia foi solicitada à agência e à família de Foley.

O presidente da agência evitou comentar à resposta que foi dada ao pedido do EI e se limitou a afirmar que todas as conversas com os sequestradores foram comunicadas para as autoridades americanas.


A informação foi anunciada após os Estados Unidos revelarem que tinham enviado uma missão secreta neste ano para a região de atuação do EI (Síria e Iraque) para tentar libertar Foley.

"Tratou-se de uma operação por terra e ar e se focou em uma rede particular do EI. Infelizmente, a missão não teve êxito porque os reféns não estavam no local onde pensávamos", explicou em um comunicado o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby.

Foley, de 40 anos, foi sequestrado em novembro de 2012 quando se dirigia para a fronteira com a Turquia, e embora em um princípio pensava-se que estava em mãos de milícias pró-governo, mais tarde se soube que tinha sido capturado pelos jihadistas do EI na Síria.

No vídeo de sua decapitação, o carrasco de Foley aparece junto a outro jornalista americano sequestrado, Steven Joel Sotloff, e cuja vida "depende da próxima decisão de Obama", segundo o militante do EI.