Países árabes prometem acompanhar Obama "até o fim" contra EI
Arábia Saudita, Jordânia, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos prometeram nesta terça-feira (23) ao presidente americano, Barack Obama, que acompanharão os Estados Unidos no combate ao Estado Islâmico "até o final", um dia após os primeiros ataques coordenados sobre posições do grupo jihadista na Síria.
Obama se reuniu com representantes desses cinco países árabes e com o primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi, por ocasião de sua participação nas sessões da Assembleia Geral da ONU, e saiu do encontro com a sensação que a posição de todos eles está "unificada", segundo uma fonte diplomática americana.
"Houve uma rotunda unanimidade na mesa. Todos os que estavam nessa mesa estão envolvidos nisto a longo prazo", assegurou aos jornalistas a fonte, que pediu anonimato.
"O presidente recebeu uma mensagem de 'Estamos com o senhor e estamos com o senhor até o final'", ressaltou o funcionário.
Da reunião participaram o rei Abdullah da Jordânia, e os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Saud al-Faisal; do Bahrein, o xeque Khalid Bin Ahmed Bin Mohammed al-Khalifa; do Catar, Khalid bin Mohammed Ao-Attiyah; e dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Abdullah Bin Zayed Al-Nahyan.
Em entrevista à imprensa antes da reunião, Obama afirmou que a luta contra os grupos jihadistas não será algo "rápido" nem "fácil", mas permitirá demonstrar a "mensagem muito clara" da comunidade internacional contra o radicalismo islâmico.
"Graças aos esforços desta coalizão que quase não tem precedentes, acho que temos a oportunidade de enviar agora uma mensagem muito clara que o mundo está unido", declarou.
O secretário de Estado americano, John Kerry, assegurou hoje que mais de 50 países já se uniram à coalizão internacional contra o EI que impulsiona o governo americano, entre eles a Turquia.
Entre os últimos países em comprometer-se de uma forma ou outra a apoiar a iniciativa estão México, Tunísia, Suíça, Cingapura, Geórgia e Taiwan, segundo um documento divulgado pelo Departamento de Estado.
Os Estados Unidos preferem deixar que cada país anuncie seus compromissos concretos para a aliança, que além do aspecto militar trabalhará para pressionar economicamente o EI e evitar que recrute mais combatentes estrangeiros.
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