Daniela Mercury se manifesta sobre repúdio a clipe: "Estou do lado certo"
Daniela Mercury se posicionou hoje sobre a desaprovação ao videoclipe da música "Proibido o Carnaval", que superou 600 mil dislikes no canal oficial da cantora no YouTube.
Momentos antes de sair com seu trio, ela falou o UOL que não se incomodou com a violenta repercussão.
"Os dislkes aumentaram o número de views. O que significa dislike? Normal. Nunca quis ser unaminidade. Estou muito feliz e quero ser artista. Estou aqui para fazer a diferença. Estou do lado certo, do lado dos direitos humanos. Não vou abrir mão dessa luta", afirmou.
A cantora disse, também, que "é preciso respeitas todas as opiniões por mais difíceis que sejam".
Grande parte dos internautas que repudiaram o clipe, feito em parceria com Caetano Veloso, é de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Mas Daniela prefere o propagar a mensagem da união em vez da guerra.
"Se temos discordâncias, estamos lutando pelos menos sonhos. A turma sai de uma campanha [eleitoral] que foi muito polarizada e não termina nunca. Está na hora de acabar a campanha", afirma.
Rosa e azul
A mensagem política do hit de Carnaval de Daniela é clara. Em um dos trechos mais controversos, há referência a declaração da ministra Damares Alves, que afirmou: "meninos vestem azul e meninas vestem rosa".
"A música 'Proibido Carnaval' é uma afirmação das minorias. A arte tem que lembrar que numa democracia há muitas forças e estamos juntos, torcendo para que o país encontre os seus caminhos. Às vezes não vai agradar todo mundo, mas o que importa é que a sociedade esteja atenta", disse a cantora. "Dizer que meninos saem de azul e meninas de rosa é uma mensagem restritiva de liberdade. A vida inteira meninos podem usar qualquer roupa e não serem gays. É uma coisa antiga, desnecessária e preconceituosa", comentou.
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