CPI convoca mulher de Cachoeira e quebra mais sigilos
Por 17 votos a zero, a CPI do Cachoeira aprovou em bloco nesta quinta-feira (14) outra série de convocações e quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico. O destaque está na aprovação de um depoimento da mulher do bicheiro, Andressa Mendonça, em data ainda a ser definida.
Investigações da PF apontam que Andressa morou em uma casa junto com Cachoeira que foi vendida pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O pagamento desse imóvel é uma questão nebulosa para a comissão: o tucano diz que a repassou ao empresário Walter Paulo Santiago, mas foi pago com cheques assinados por um sobrinho de Cachoeira.
Por conta dessa operação, foram quebrados os sigilos de Lúcio Fiúza e do ex-vereador Wladimir Garcez, apontados por Santiago como um dos intermediários na venda da casa de Perillo. O empresário diz que pagou pela residência em notas de R$ 50 e R$ 100 e que permitiu a uma suposta amiga dos dois que passasse meses ali.
Também foram quebrados os sigilos bancário e fiscal das Faculdades Padrão e da empresa Mestra. Santiago disse ter comprado a residência por meio da conta da Mestra, e não pela da instituição de ensino da qual é dono.
Parlamentares suspeitam que ele seja um intermediário entre o governador de Goiás e Cachoeira.
Também foi convocado o jornalista Luiz Carlos Borboni, que acusou Perillo de fazer pagamentos de campanha por meio de uma empresa fantasma de cachoeira.
Governadores na mira
Mais cedo, em rápida votação, a CPI aprovou as quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e de SMS de Perillo e do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). A decisão trará à comissão os dados dos dois desde 2002, e não desde 2007, conforme os governistas desejavam inicialmente.
Na mesma reunião, a CPI, por 16 votos a 13, decidiu adiar a convocação do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish. A construtora, segundo a PF, tem Cachoeira como sócio secreto.
A comissão tomou a mesma medida para chamar o ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot, que pediu para falar no Congresso, por 17 a 13.
Ao todo, a CPI tinha 194 requerimentos para votar. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que a decisão em bloco abrigaria cerca de 70 pedidos.
Na semana passada, deputados e senadores pressionaram para que parte desses requerimentos fosse votada, mas os pedidos acabaram não sendo analisados por decisão do presidente interino da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o que gerou protestos de parte dos integrantes.
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