Órgão citado por Moro e Dallagnol pede apuração sobre conversas e vazamento
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) emitiu hoje uma nota comentando a menção à entidade em uma das conversas entre o ministro da Justiça e da Segurança Pública e ex-juiz federal Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol divulgadas ontem em uma série de reportagens publicadas pelo site The Intercept.
Segundo o comunicado, as informações divulgadas precisam ser esclarecidas, assim como a maneira como foram obtidas.
A Ajufe aguarda serenamente que o conteúdo do que foi noticiado e os vazamentos que lhe deram origem sejam devida e rigorosamente apurados
Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil)
As conversas mostram que Moro, então juiz federal, orientou investigações da Operação Lava Jato em Curitiba por meio de mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram com Dallagnol, coordenador da força-tarefa.
Apoio da Ajufe contra ataques do PT
A Ajufe foi mencionada em uma conversa de 27 de fevereiro de 2016, em que Moro teria perguntado a Dallagnol: "O que acha dessas notas malucas do diretório nacional do PT? Deveríamos rebater oficialmente? Ou pela Ajufe [Associação dos Juízes Federais do Brasil]?".
Na nota divulgada hoje, a entidade ressaltou que, em razão de sua natureza associativa, "atua constantemente na defesa de juízes federais responsáveis por julgamentos importantes em todo o Brasil, incluindo o então juiz federal responsável pela Operação Lava Jato". Desta forma, "prioriza a defesa institucional da carreira e a preservação das prerrogativas de seus associados, assim como toda associação ou órgão de representação de classe".
Os princípios da Ajufe, de acordo com o documento, são lutar pelo fortalecimento Judiciário e de seus integrantes, atuar pelo aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito e pela consolidação dos direitos humanos.
"A Ajufe sempre se colocou à disposição de todos os magistrados federais do Brasil quando em xeque a independência funcional e o livre convencimento motivado, representado pela liberdade de decidir segundo a avaliação dos fatos e a interpretação das provas produzidas no processo"
Desta forma, o órgão afirma que se manifestou por meio de 47 notas públicas desde 2016 e que apenas oito delas falavam da Operação Lava Jato ou do atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro. "A entidade sempre se manifestou e continuará a se manifestar por meio de notas ou pela palavra de seus dirigentes todas as vezes que tais prerrogativas estiverem sob riscos, ataques infundados ou criminosos", diz a nota.
"A Ajufe confia na honestidade, lisura, seriedade, capacidade técnica e no comprometimento dos Magistrados Federais com a justiça e com a aplicação correta da lei. Seremos incansáveis na defesa da atuação de nossos associados", completa a nota.
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