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Por que acordamos com uma altura e vamos dormir mais baixos?

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Aretha Yarak

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/11/2017 04h00

Somos levemente mais altos quando acordamos pela manhã, a diferença de medida do início do dia ao final pode chegar a pouco mais de um centímetro.

Durante o dia, a força da gravidade e uma leve desidratação das cartilagens do joelho e, principalmente, da coluna, reduzem nosso tamanho. Quando voltamos para a cama, o corpo se reorganiza e volta à sua organização ideal. 

Coluna vertebral - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

A coluna vertebral é formada por 33 vértebras justapostas, separadas uma das outras pelos discos intervertebrais. Compostos de material fibroso e gelatinoso, eles têm um papel importante na mobilidade: são os responsáveis por amortecer o impacto entre as vértebras e por facilitar o movimento do corpo.

Pessoas com problemas nessas estruturas (fragmentação ou aparecimento de hérnias) podem ter perda da flexibilidade da coluna, dores e até fraqueza na região.

Pela manhã, depois de uma boa noite de sono, as vértebras e os discos estão todos em estado ótimo e bem organizados.

Com o passar do dia, no entanto, é muito comum que o corpo perca água pela transpiração e também pela urina. Com menos líquido circulando pelo organismo, os discos também desidratam levemente. O resultado é uma pequena redução no seu tamanho (como se eles murchassem).

Costas - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Sempre a gravidade

Além disso, existe a força gravitacional que ajuda a comprimir as estruturas moles do corpo.

Outro ponto que pode colaborar com a perda de altura é a tensão da musculatura da coluna. Quando estamos deitados e dormindo, elas tendem a ficar mais relaxadas e melhor acomodadas. Má postura e o estresse do dia podem tensionar o local e deixar a pessoa mais baixa.

“Mas essas mudanças todas são muito insignificantes, quase imperceptíveis”, pondera o ortopedista Sérgio Rocha Piedade, professor da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “O encolher mais importante é aquele que ocorre com o passar dos anos”, comenta.