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Líder oposicionista preso na Venezuela pede para que manifestantes 'não desistam'

Do UOL, em São Paulo

21/02/2014 13h45Atualizada em 21/02/2014 18h06

O líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, preso desde terça-feira (18), pediu na madrugada desta sexta-feira (21) a seus apoiadores que mantenham os protestos pacíficos contra o presidente Nicolás Maduro, apesar da violência que já matou mais de seis pessoas.

"Estou bem, peço a vocês que não desistam. Eu não vou", disse López em uma nota manuscrita entregue a sua mulher na prisão de Ramo Verde e, em seguida, publicada na internet.

López, 42, é um dos líderes dos protestos contra o governo chavista que começaram no início do mês. O oposicionista se entregou aos militares após ter um mandado de prisão emitido contra ele, acusando-o de instigar a violência.

Governo e oposição estão se culpando mutuamente pelas mortes e pelos mais de cem feridos nos protestos. Os chavistas dizem que atiradores de elite estão infiltrados na oposição e que os radicais estão usando o caos para forçar um golpe.

Os manifestantes, principalmente estudantes, acusam Maduro de agravar a repressão da polícia. Eles afirmam que a polícia atirou durante os protestos e que milícias pró-governo atacam os manifestantes.

"Para a polícia, soldados, promotores e juízes: não obedeçam às ordens injustas, não se tornem a face da repressão", disse López em sua nota da prisão.

"Para os jovens, os manifestantes, peço-lhes para ficar firme contra a violência, e para manter-se organizados e disciplinados. Esta é a luta de todos", completou. (Com Reuters)