Topo

Dan Ferreira passa mal e é diagnosticado com síndrome de Guillain-Barré

O ator Dan Ferreira - Reprodução/Instagram
O ator Dan Ferreira Imagem: Reprodução/Instagram

Gilvan Marques

Do UOL, em Salvador

04/03/2019 14h23

O ator Dan Ferreira, que participou da novela "Segundo Sol", da Globo, sentiu fraqueza nas pernas logo depois de desembarcar no aeroporto de Salvador, e foi levado para o hospital Cardio Pulmonar, localizado no bairro de Ondina - um dos centros do Carnaval na cidade. 

Após a realização de exames, Dan foi diagnosticado com a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune grave que afeta o sistema nervoso. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do ator em contato com a reportagem do UOL.

"Foi um susto. Mas estou na companhia da minha família que é o que nos da força, entendendo o que deve ser feito para estar melhor. Muitas pessoas são surpreendidas assim como eu, e quanto mais cedo o diagnóstico, mais tranquilo o tratamento. Já já eu saio dessa", disse Dan.

O ator permanece internado, respondendo bem ao tratamento, mas ainda sem previsão de alta. Um novo boletim médico deve ser divulgado ao longo do dia.

Dan, que mantém contrato com a TV Globo, mora no Rio de Janeiro, veio curtir o Carnaval de Salvador ao lado da família.

Coincidentemente, Guillain-Barré é a mesma doença de Rochelle, personagem de Giovanna Lancellotti, que se relacionava com Acácio, vivido por Dan Ferreira em "Segundo Sol".

Rochelle (Giovanna Lancellotti) internada com a Síndrome de Guillain-Barré em "Segundo Sol" - Paulo Belote/TV Globo - Paulo Belote/TV Globo
Personagem Rochelle (Giovanna Lancellotti) internada com a Síndrome de Guillain-Barré em "Segundo Sol"
Imagem: Paulo Belote/TV Globo

A doença

À época de "Segundo Sol", muito se falou da doença que atacou a personagem de Lancellotti.  A síndrome se manifesta após uma infecção, como a gripe da personagem, Rochelle. O corpo produz anticorpos para matar o invasor, mas tem uma resposta exagerada e desmedida.

Então, acaba atacando também células dos nervos periféricos, responsáveis pelo movimento dos músculos e sensibilidade dos membros superiores e inferiores. Em casos brandos, a doença agride só o "revestimento" do nervo, mas em casos mais agressivos os anticorpos danificam o nervo e trazem consequências mais graves.

Quem sofre da resposta autoimune também pode ter paralisias temporárias durante a crise. A notícia otimista para quem sofre da síndrome é que a OMS afirma que a maioria dos pacientes com a doença se recupera totalmente até mesmo em casos mais graves.

Como tratamento, podem ser usados medicamentos para frear os anticorpos descontrolados, além de fisioterapia. Em casos mais graves, pode ser realizada até a filtração dos anticorpos que estão causando o mal, em um procedimento parecido com a hemodiálise. O tempo de recuperação varia de acordo com o estrago causado aos nervos, mas costuma ser lento e progressivo. 

Salvador