Atriz Susan Sarandon passa o fim de ano resgatando refugiados no mar da Grécia
A atriz americana Susan Sarandon trocou a folga de fim de ano e as festividades em família por uma semana em Lesbos, ilha grega que fica a 10 km da Turquia e que recebe centenas de refugiados diariamente. A ideia, segundo ela, era "humanizar o tema e mostrar que são todas pessoas reais, e não politizar a questão".
A viagem foi documentada em texto e vídeo no site americano Huffington Post e pela organização Ryot. "Eles não são diferentes de ninguém", disse ela no diário. "Eles querem que seus filhos estejam a salvo, limpos e tenham educação. É tudo o que eles querem".
Susan participou não só da recepção aos sobreviventes nas praias da ilha, mas também do resgate no mar e do apoio nos campos de refugiados. "Os bebês são passados para os braços dos voluntários, sapatos e meias molhadas são tirados e cobertores são distribuídos. Eles têm lágrimas de alívio. Estes barcos chegaram em segurança. Com capitães inexperientes, escolhidos aleatoriamente no leme, isto não é sempre o que acontece", diz Susan em um dos textos.
Nos campos que recepcionam os refugiados, Susan conta que conversou com muitos deles ao redor das fogueiras durante a noite, onde todos se aqueciam, e em um determinado momento o grupo foi surpreendido e se emocionou com sua neta, que estava nos EUA.
"Por meio de um intérprete, converso com algumas mães quando, milagrosamente e inesperadamente, meu celular tocou. Minha filha, Eva, que está em Los Angeles, coloca a minha neta de 16 meses, Marlowe, para conversar comigo no FaceTime [aplicativo de vídeo do iPhone]. Desde que cheguei em Lesbos, não tinha conseguido falar com elas. Em casa, nos falamos todos os dias. Mostro as mulheres que estavam ao meu lado os rostos das duas e explico quem são, e a coisa mais incrível acontece. Marlowe vê uma criança nos braços de uma das mulheres que está ao meu lado. 'Bebê', ela diz e aponta. A criança afegã olha e acena de volta e, por alguns instantes, a vida é simples e doce. Dois bebês. Duas mães. Mundos distantes. Dividindo um momento. Loucura. Lindo", contou.
Susan conta que viu pessoas em cadeiras de rodas nos botes e crianças que viajavam com brinquedos infláveis. "Eles precisam fazer a travessia". Em uma rodada de perguntas promovida pelo Huffington Post no Facebook com a atriz, ela conta que em um dia chegou a ver 4.000 pessoas chegando na ilha. Em outro momento, ela relata sobre o momento em que conheceu uma jovem de 16 anos que fez a travessia com seu bebê com 5 dias de vida.
Questionada sobre se preferiria se arriscar na travessia no mar ou viver em uma área de conflito como a em que viviam as pessoas que buscam os atravessadores e pagam fortunas para fugir, Susan é rápida na resposta: "Sim, me arriscaria".
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