Situação em Gaza é "crítica", diz Ban Ki-moon
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira (28) o fim imediato da violência em Gaza, afirmando que a situação no território palestino é "crítica".
Ban fez as declarações na sede da ONU em Nova York, após voltar de sua visita ao Oriente Médio como parte das negociações de um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico radical Hamas.
"Em nome da humanidade, a violência tem de parar", afirmou.
O secretário afirmou que ambos os lados têm o dever de proteger os civis mas têm agido de forma "moralmente errada".
A ofensiva de Israel em Gaza, começada há três semanas, já deixou mais de mil mortos, a maioria civis palestinos. Do lado israelense, 43 soldados e 2 civis foram mortos, além de um tailandês.
No domingo, o Conselho de Segurança da ONU pediu "um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional" na guerra de Gaza entre Israel e o Hamas. O pedido foi feito após reunião de emergência reunida na sede da entidade, em Nova York, e foi criticado tanto por israelenses quanto por palestinos.
O cessar-fogo permitiria a entrega de "ajuda urgente", diz a declaração, lida pelo presidente rotativo do Conselho, o embaixador de Ruanda, Eugene- Richard Gasana. O texto acordado por unanimidade insta Israel e o Hamas "a aceitar e implementar integralmente o cessar-fogo humanitário no período do Eid al-Fitr" – feriado que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado do islã.
Segundo a rede norte-americana CNN, O conselho de 15 países também proclamou seu apoio a "uma paz abrangente baseada na visão de uma região onde dois Estados democráticos, Israel e Palestina, vivem lado a lado em paz com fronteiras seguras e reconhecidas como previsto na resolução do Conselho de Segurança 1850 (de 2008)".
Nesta segunda, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a proposta da ONU, alegando que o posicionamento atende às necessidades dos militantes islamitas do Hamas enquanto negligencia a segurança de Israel.
O comunicado emitido pelo Conselho no domingo "refere-se às necessidades de um grupo terrorista assassino, que ataca civis israelenses, e não tem nenhuma resposta para as necessidades de segurança de Israel", disse Netanyahu, segundo informações repassadas por seu gabinete. (Com agências internacionais)
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