De jornalista a CSI por um dia em Las Vegas: a perspicácia de investigar

Quem nunca. Quem nunca sonhou em ser investigador de polícia, daquele tipo detetive que desvenda os crimes mais bizarros, absurdos e que parecem insolúveis. Bom, se vocês nunca, eu, Sub da Sub do UOL Tabloide, sempre sonhei com isso. Tanto que sempre disse aos quatro ventos que se não fosse jornalista seria detetive, do tipo Olivia Benson, do Law & Order SVU, ou cantora. Cantar não é lá muito meu forte, deixa pra lá... Enfim, sonho realizado.

Quando estive em Las Vegas (EUA), capital da jogatina, além de gastar dinheiro nos cassinos, pude “brincar” de ser CSI por um dia no MGM Grand Hotel --mesmo local em que ocorrem as lutas do UFC, eclético, não?!? CSI significa crime scene investigation, em inglês, ou seja, você deve investigar uma cena de crime para chegar a possíveis suspeitos ou culpados.

Logo de sopetão, recebi uma prancheta com campos a serem preenchidos e que ajudariam no processo de desvendamento do crime, este também era o momento em que eu podia colocar um colete de CSI e escolher armas para tornar o lance mais realístico.

A primeira parte consistia em observar atentamente a cena do crime, anotando, desenhando e prestando atenção a detalhes que muitas vezes passam despercebidos. No meu caso, um carro havia invadido uma casa e feito um belo estrago, o morto era o motorista do veículo, ao menos era o que parecia. Anotei tudo o que pude, desenhei toscamente o que via no local e parti para a próxima etapa: laboratórios. Vários laboratórios. Assim como os CSIs da televisão.

Mas, antes, recebi valiosas dicas dos meus colegas de trabalho: Dr. Robbins, Nick Stokes, Sara Sidles e mais alguns. E lá fomos nós para a análise de impressão digital. No computador, tive que descobrir se a impressão na cena do crime era de alguém que havia passado por lá, como o policial, o entregador de pizza, o morto, ou de um suspeito desconhecido.

Além disso, medi a concentração de álcool no corpo do morto, fiz a análise do DNA, das gotas de sangue na cena do crime --descobri, por exemplo, que o modo como elas aparecem fazem com que você saiba se houve luta corporal, uma pancada na cabeça, facadas, tiros--, analisei o tipo de pegada na casa e, por fim, cheguei ao corpo do morto (autópsia) e ouvi a explicação do Dr. Robbins sobre o que tinha acontecido com ele momentos antes da morte, o que me lembro bem é que a vítima havia comido pizza de pepperoni.

Todas as etapas foram prontamente anotadas na minha prancheta. Terminada a fase do laboratório, fui para o computador reportar ao meu chefe Grissom tudo que havia descoberto sobre o crime.

Óbvio que não vou dar a solução do crime para vocês, uma que não quero estragar a surpresa caso alguém venha a ser CSI por um dia em Las Vegas, outra que as investigações correm em segredo, poxa!

O que posso garantir é que meu chefe (por um dia) Grissom ficou extremamente surpreso com a minha perspicácia como investigadora (quem diria) e me concedeu um valioso diploma de CSI. Sim, eu desvendei o crime.

Fazendo um paralelo, as profissões de CSI --ou detetive-- e jornalista têm muito em comum, ambos têm que ir a fundo, seja para desvendar um crime ou uma notícia. Jornalistas e detetives não se contentam com uma versão, um só lado e procuram ouvir todo mundo envolvido na questão. O “prêmio” do CSI é pegar o culpado, o “prêmio” do jornalista é ter uma história bem contada que repercuta a ponto de mudar alguma coisa.

Serviço:
Tá a fim de ser CSI?
CSI Experience - MGM Grand Hotel & Casino
Horário: das 9h às 21h - cada experiência dura de 60 a 90 minutos
Preço: US$ 28 + taxas, o que totaliza US$ 31,50
Mais informações: http://www.mgmgrand.com/entertainment/csi-the-experience.aspx