Obama: "Luta contra jihadistas não será outra guerra no Iraque"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que a luta contra os jihadistas sunitas do Estado Islâmico (EI) não levará seu país a "outra guerra no território do Iraque".
Da base aérea de MacDill, sede do Comando Central em Tampa, na Flórida, Obama disse que o combate contra o EI no Iraque e na Síria também não será uma responsabilidade exclusiva dos EUA, mas também dos outros países que formam a coalizão internacional.
Obama garantiu para centenas de soldados que o Estado Islâmico não é um perigo iminente, mas que "se os deixarmos agir, poderão representar uma grande ameaça para os EUA", acrescentou.
Após se reunir com o chefe do Comando Central, o general Lloyd Austin, e outros chefes militares, o presidente disse que as tropas americanas que lutam contra o EI "não têm e não terão" um papel de combate.
Sobre o empenho dos americanos, Obama ressaltou que os líderes do EI "vão descobrir o que os líderes da Al Qaeda já sabem", que o alcance das operações é extenso e o grupo não encontrará refúgio.
"A única solução é apoiar parceiros no território", explicou Obama, para quem o combate contra o EI não deve ser uma luta particular dos Estados Unidos, mas um trabalho em equipe com países colaborando de diversas maneiras para derrotar os jihadistas sunitas.
"Os Estados Unidos podem fazer a diferença, mas vou ser claro: esta não é uma missão de combate", declarou o presidente americano.
O EI conseguiu controlar um vasto território entre a Síria e o Iraque, aproveitando a guerra civil síria e os conflitos entre sunitas e xiitas no Iraque.
Como resposta, os Estados Unidos pressionaram para que ocorresse uma mudança de governo no Iraque e realizaram cerca de 170 ataques aéreos em agosto para ajudar as forças armadas iraquianas e as tropas curdas a recuperarem o terreno ocupado pelo EI.
O presidente lembrou que as capacidades militares americanas "são únicas" e que seguirão se baseando neste conflito em seu poderio militar aéreo e auxiliando as tropas iraquianas.
"Os Estados Unidos continuarão sendo a maior força a favor da liberdade. Entre guerras e recessão, esse foi um começo de século duro, mas estou confiante de que será um século em que os EUA vão liderar", afirmou Obama durante um encontro com os militares.
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