Agentes de inteligência são detidos suspeitos por mortes na Venezuela
A procuradora-geral da Venezuela disse nesta quarta-feira (26) que mais cinco integrantes de uma agência nacional de inteligência foram detidos suspeitos pelas mortes de ao menos duas pessoas durante manifestações de rua contra o governo de Nicolás Maduro no país.
Ontem, o Ministério Público já havia anunciado a detenção de nove membros das forças de segurança por participação nas manifestações, entre os quais três agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), que teriam usado armas de fogo durante passeatas. Já são 14 os oficiais detidos por acusações dessa natureza.
"Não protegemos ninguém que dispara em manifestações neste país", Maduro chegou a afirmar, no último dia 21. Na ocasião, o presidente disse ainda que "assim que viu a foto dos agentes disparando, ordenou que eles fossem presos".
De acordo com o governo, os cinco agentes detidos hoje estavam presentes em protestos no último dia 12, em Caracas, em que morreram o estudante universitário Bassil Da Costa, de 24 anos, e de Juan Montoya, um ex-policial dirigente de um grupo chavista.
Segundo o governo, eles são acusados de "homicídio qualificado, uso indevido de arma, associação para cometer crimes e de obstrução da justiça para favorecer uma quadrilha".
Em três semanas de enfrentamentos em atos pró e antigoverno pelo país ao menos 14 pessoas já morreram. Entre as vítimas dos confrontos, está a miss venezuelana Génesis Carmona, de 21 anos, atingida na cabeça durante os protestos.
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