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Sacanagem: pesquisa desconstrói mito de atrizes pornô americanas

Coroaça, louraça, fartaça. Eis um exemplar típico <br>de tchutchuca do cinema pornô. Só que ao contrário - Sexsites
Coroaça, louraça, fartaça. Eis um exemplar típico <br>de tchutchuca do cinema pornô. Só que ao contrário Imagem: Sexsites

21/02/2013 06h00

O que vem à sua cabeça quando ouve as palavras "atriz pornô americana"? Toda chance de ela ser uma loira peituda, correto?

Na verdade, o mais provável é que a atriz pornô típica não seja assim. Embora a sabedoria convencional tenda a imaginar o modelo de garota acima quando pensa em filme gringo de sacanagem, o escritor Jon Willard publicou uma pesquisa mostrando que o buraco é mais embaixo.

Segundo o levantamento feito por ele, apenas 32,7% das atrizes pornô têm cabelos loiros, contra 61,6%  que têm cabelos escuros. O estudo derruba outro mito, o da comissão da frente avantajada. "Mesmo que as mulheres exagerem ou diminuam as medidas, o sutiã mais comum usado por elas é o de tamanho 34B, bastante manuseável", diz o estudo. Para quem não entende de tamanhos, 34B é muitos centímetros menor que os modelos "jumbo" D ou DD. 

Os nomes artísticos mais comuns são Nikki, para as mulheres, e David, para os homens. Já o sobrenome empata: Lee é o preferido tanto deles quanto delas. "Se dois atores com esse sobrenome se casassem, não precisariam nem mudar o nome de guerra", nota o pesquisador.

A pesquisa completa está disponível aqui, em inglês. Além dos resultados acima, há gráficos ilustrativos (que dá pra abrir sem grandes problemas no ambiente de trabalho).

Uma ressalva feita pelo pesquisador é que, devido às limitações e imprecisões de um banco de dados assim, não se trata pesquisa definitiva sobre a indústria pornô dos EUA. 

Pesquisador de mão cheia

Jon Willard é uma espécie de Nate Silver da psiquê humana. Se autointitulando um "detetive de ideias", ele está longe de ser virgem no tema sexo. Seu primeiro envolvimento com o negócio foi quando escreveu seu primeiro livro, "Como durar mais na cama". Outros tópicos pesquisados por ele incluem atendentes de telessexo e sites de encontros amorosos. Pra não dizer que só pensa naquilo, Willard também estudou o efeito psicológico dos elogios e o impacto da pena de morte no Texas, entre outros temas.

"Sou naturalmente atraído por temas no limite do aceitável, mas que eu acho que merecem uma inspeção psicológica mais detalhada", disse ele por e-mail ao UOL Tabloide.

Para seu raio-x da indústria pornô, o escritor comparou perfis de mais de 10.000 profissionais do sexo filmado (7.000 mulheres e 3.000 homens). O trabalho durou seis meses, segundo ele, e se baseou no banco de dados do Internet Adult Film Database (IAFD, site de catálogo de filmes adultos; pense em um IMDB da pornografia). "Apesar do banco de dados existir há mais de 10 anos, isso nunca foi feito antes", afirma o escritor.

A repercussão do post com os resultados da pesquisa foi grande, segundo seu autor. Desde que foi ao ar, no dia 14 de fevereiro, o post original contava com mais de 673.000 visitantes únicos na terça-feira (19). É bem mais que o campeão de cliques anterior, o post sobre sites de encontro, que teve 36.652 visitantes únicos. 

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