Americano ganha a vida como "passeador de humanos" em Los Angeles
Passeadores de cachorros, os chamados "dog walkers", já são comuns nas grandes cidades. Sabe como é, né, a gente ama cães, mas não tem tempo de dar uma voltinha com eles pelas ruas do nosso bairro. Baseado nessa "profissão", o americano Chuck McCarthy teve uma ideia. Cobrar dinheiro para dar uma volta com humanos.
Não precisa de coleira, de guia, de nada. Somente um tênis e a capacidade de conversar, ouvir, enfim, interagir com o outro. Para dar uma volta de uma milha (o equivalente a 1,609 km já que americano tem essas manias), McCarthy cobra US$ 7 (cerca de R$ 23).
A ideia surgiu de brincadeira, já que o americano, que trabalha como ator e vive em Los Angeles, estava desempregado. Mas o que era uma gozação acabou virando realidade.
"Quanto mais eu pensava na ideia, menos maluca ela me parecia", afirmou McCarthy em entrevista ao jornal britânico "The Guardian".
E o passeador de pessoas vem ganhando dinheiro com a atividade. Sua caixa de e-mail está inundada de pedidos e McCarthy até conta com uma equipe de passeadores. O segredo do sucesso, segundo ele, é ouvir a pessoa com quem está caminhando. Aliás, os bate-papos costumam ser sobre amenidades como o trânsito ou qualquer outra bobagem.
"Estamos o tempo todo nos celulares ou nos computadores nos comunicando, mas não nos conectando. Nós precisamos dessa interação humana", filosofou o passeador.
Não é sobre caminhar, é sobre conversar.
A ideia vem fazendo tanto sucesso que uma mulher em Israel já está trabalhando como passeadora e um sujeito no Reino Unido quer que o americano se mude para lá para expandir os serviços. McCarthy, inclusive, sonha em criar uma espécie de Uber de passeadores. Quem sabe a gente não se depare com um serviço desses pelo Ibirapuera ou por Copacabana em um futuro próximo?
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