"Proibido o Carnaval": Daniela Mercury e Caetano protestam em ritmo de axé
Daniela Mercury e Caetano Veloso lançaram nesta sexta-feira uma nova parceria. E a faixa mostra ousadia: "Proibido o Carnaval" vem como um protesto contra censura e cita a polêmica da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de que "menino veste azul e menina veste rosa". Tudo, é claro, em ritmo de axé, às vésperas do Carnaval.
A canção está disponível nas principais plataformas de streaming e terá um clipe, gravado no Palace Hotel, no centro de Salvador, na presença de ambos.
Durante a música, um dos versos cita: "Vai de rosa ou vai de azul?". Em outro, eles cantam: "Abra a porta desse armário / Que alegria cura / Venha me beijar". Daniela assumiu o namoro com a jornalista Malu Verçosa em 2013.
Em entrevista à "Folha de S.Paulo", Daniela Mercury explicou que a ideia desta composição surgiu há quatro anos, mas que ela foi se desenvolvendo com o contexto político e social dos últimos anos.
"Evidentemente, é uma reação, uma resposta à tendência censora dos poderes brasileiros hoje. Isso é interessante. Na história das marchas de Carnaval, o comentário político ou social sempre houve. Nesse caso é muito autenticamente feito do jeito carnavalesco de tratar essas coisas. Achei que é uma grande música de Carnaval, que reafirma a posição histórica de Daniela", disse a cantora.
"Bolsonaro é a consequência dessa sensação nossa de que a gente tem que resolver as coisas de forma imediatista, que é alguém que vai salvar a gente e não a democracia. As coisas estão acontecendo. É uma tentativa de proibir o que não pode ser proibido, o que a gente lutou tanto para libertar", completou Daniela, sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro.
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