Stripper decide tatuar falso cabelo para esconder calvície

O britânico Benedict Garret, 33 anos, andava cansado das soluções temporárias para sua calvície. Ele, que trabalha como stripper, sempre cuidou muito da aparência, mas não sabia mais o que fazer para esconder a “careca” que crescia no alto da cabeça. Em vez de usar sprays que disfarçavam a área exposta e lhe custavam cerca de R$ 64, ele preferiu desembolsar o equivalente a R$ 12.000 e resolver o problema de vez.

Transplante? Nada disso: tatuagem. O tratamento revolucionário tatua folículos de cabelo e, mesmo de perto, ninguém pensa que está diante de um homem calvo.

O stripper sempre foi muito cabeludo na infância e na juventude. Há oito anos, porém, ele começou a perder cabelo. Nessa época, já estava trabalhando com o grupo Dreamboys, que faz turnês pela Europa, Austrália e Nova Zelândia.

“Meu pai sempre teve pouco cabelo e eu costumava tirar sarro dele”, admitiu o stripper ao jornal britânico “Daily Mail”. “Nunca achei que ia acontecer comigo.”

Garret diz que na sua linha de trabalho, há sempre muita pressão para manter uma boa aparência. Foram os colegas, aliás, os primeiros a dizer que ele estava “ficando careca”. “Primeiro, o cabelo começou a ficar ralo há uns sete, oito anos, e os outros dançarinos começaram a dizer que a careca estava ficando maior”, afirmou ao jornal.

Para combater a calvície, Benedict Garret usou um spray que ajudaria a engrossar o cabelo e, portanto, esconderia a careca. A solução mostrou suas desvantagens, principalmente considerando o tempo na Inglaterra.

“Era bom, mas eu tinha de tomar cuidado porque quando saía na chuva, eu acabava com um rio de tinta preta correndo na minha cara”, disse. “E se você se esquecer de lavar a cabeça antes de dormir, vai acordar com o travesseiro todo preto”.

Até na casa dos amigos ele chegou a deixar manchas pretas, quando por acaso se encostava contra uma parede. “Além de tudo isso, pagar R$ 64 por lata de spray é muito caro”.

O stripper encontrou então uma solução permanente para o problema: um tratamento chamado micropigmentação do escalpo. Trata-se de criar pequenas tatuagens na cabeça para replicar o crescimento do cabelo. O resultado é um visual de quem acabou de passar máquina, sem custar tanto quanto um transplante de cabelo.

A técnica foi criada por Ian Watson, após desenvolver alopécia quando ainda tinha pouco mais de 20 anos. Em desespero, ele usou uma caneta bem fina para desenhar pontinhos na cabeça –na esperança de imitar uma cabeça raspada. A ideia acabou se tornando um negócio e ele fez pesquisas para abrir sua primeira clínica de tratamento capilar. Hoje, a rede tem endereços na Europa e nos Estados Unidos.

Foi seu chefe no espetáculo Dreamboys  que levou Benedict Garret para a clínica. “Ele já tinha feito o tratamento e eu fiquei muito impressionado com o resultado”, disse o stripper. “Eu já tinha chego num ponto em que pensava: não dá mais para ficar passando spray na cabeça”.

Ele passou por duas sessões de micropigmentação. Como o processo é muito semelhante a uma tatuagem, os cuidados também devem ser os mesmos. No caso do stripper, ele ficou quatro dias sem tomar banho e nem ir à academia, para evitar sour e umidade na cabeça.

Mesmo ao preço de R$ 12.000, Benedict Garret acha que valeu cada centavo. Ele postou algumas fotos com o novo visual nas redes sociais e recebeu elogios. O melhor, contudo, é que os amigos e seus parentes nem notaram a diferença. “Para mim isso é um alívio, o que mostra como o visual é natural”.

O stripper continua solteiro, mas como se sente mais confiante com o novo visual, ele afirmou que deve voltar a namorar em breve. “Antes, eu tinha de me preocupar para que lado virava a cabeça, sempre tentando disfarçar a careca e evitar que as mulheres descobrissem a minha idade”, contou. “Isso tudo agora é passado”.