Anistia Internacional diz que há uma 'limpeza étnica' no Iraque
A Anistia Internacional (AI) divulgou um relatório nesta terça-feira (2) em que acusa o Estado Islâmico de fazer uma "limpeza étnica de dimensões históricas" no norte do Iraque. Segundo a entidade, o grupo islâmico pratica "crimes de guerra", com assassinatos sumários e sequestros em massa de pessoas que pertencem às minorias religiosas.
O relatório contém uma série de "depoimentos de sobreviventes dos massacres". O órgão afirma que "dezenas e dezenas de homens e meninos da região de Sinjar foram presos, colocados em caminhões e depois massacrados em grupos ou assassinados individualmente. Centenas, se não milhares, de mulheres, crianças e homens da minoria yazidi foram raptados quando o Estado Islâmico tomou controle da área".
Donatella Rovela, alta comissária da AI, ainda afirma que "o massacre e o sequestro feitos pelo Estado Islâmico constituem-se uma atroz prova da onda de limpeza étnica contra as minorias em curso no norte do Iraque". Atualmente, a comissária está na região para avaliar o avanço do grupo extremista.
"Na sua brutal campanha para eliminar qualquer traço de população não árabe e não sunita, o Estado Islâmico está levando adiante crimes horríveis e transformou as terras coletivas de Sinjar em campos de morte que derramam sangue", disse Rovela.
No mês de agosto, na mesma região no norte do país, foram numerosos assassinatos em massa. Dois dos ataques mais sangrentos ocorreram quando os jihadistas tomaram os vilarejos de Qiniveh e Kocho, respectivamente entre os dias 3 e 15 do mesmo mês. Centenas de pessoas foram mortas só nesses dois locais, sendo que grupos de homens e meninos de até 12 anos foram sequestrados e assassinados.
Turcos sequestrados
Os 49 cidadãos turcos sequestrados no dia 11 de junho em Mosul, no Iraque, pelo EI, estão "vivos", afirmou o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc. Os reféns --que eram funcionários do consulado do país em Mosul e seus familiares-- estão em um lugar já identificado pelo governo, afirmou Arinc ao site Hurriyet.
O político afirmou que estão sendo feitos contatos com os raptados, mas que a libertação deles ainda não foi possível por se tratar de uma "situação especial".
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