Kerry desafia proibição aérea e chega a Israel para negociações
O secretário americano de Estado, John Kerry, chegou nesta quarta-feira (23) a Tel Aviv para tentar colocar fim às hostilidades entre Israel e o movimento islamita Hamas, que já deixaram mais de 650 palestinos mortos na faixa de Gaza.
Kerry se encontrará com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Jerusalém, com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah (Cisjordânia), e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no ministério da Defesa em Tel Aviv, informou o Departamento de Estado.
Na terça-feira (22), a FAA (administração da aviação americana) proibiu que companhias aéreas dos EUA voem para o aeroporto internacional de Israel em Tel Aviv por um período de 24 horas, depois que um foguete disparado pela milícia islâmica Hamas, em Gaza, caiu próximo ao local.
"Devido à potencialmente perigosa situação criada pelo conflito em Israel e Gaza, todas as operações de voos de e para o Aeroporto Internacional Ben Gurion estão proibidas até segunda ordem", afirmou nota da FAA.
A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) recomendou nesta quarta-feira (23) às companhias aéreas do continente a não voar ao aeroporto de Tel Aviv, devido ao elevado risco relacionado ao atual conflito entre israelenses e palestinos. A recomendação, que "não é tem cumprimento obrigatório", ficará em vigor "até novo aviso".
O objetivo da visita de Kerry é tentar alcançar um cessar-fogo para colocar fim ao conflito que já matou 651 palestinos, em sua maioria civis, e 31 israelenses, entre eles 29 soldados, desde 8 de julho.