Garotinho confia em "amigo" e gasta quase R$ 4 mil do pai em games, sem saber
O empresário Raul Longo Martins de Santos, litoral de São Paulo, levou um susto na terça-feira ao abrir seu email e ver inúmeras confirmações de compra de itens de videogame e jogos. Seu filho Murilo de 8 anos tinha gasto um valor de aproximadamente R$ 3.700, sem saber.
“Meu filho está ficando na casa da minha mãe durante as férias, e lá tem um Xbox One. Há um tempo, minha mãe cadastrou 2 cartões de créditos no aparelho. O Murilo sempre joga nele, mas nunca tinha feito nenhuma compra sem pedir autorização. E aí na terça, quando minha mãe tirou a fatura dos cartões, viu que tinha um monte de compras feitas no videogame”, conta Raul.
Raul conta que o filho teria confiado em um amigo da Live (serviço de jogos online da Microsoft) que disse que as compras poderiam ser trocadas ou compartilhadas. A maior parte delas foi feita no jogo Overwatch - um game multiplayer de tiro.
“Eu conversei com a minha mãe sobre o Murilo falar com pessoas no videogame sem supervisão. Nunca sabemos quem está do outro lado”, acrescenta. O pai não acha que o menino tenha tentado enganar seu filho. “Precisaria do cadastro do videogame, o email e a senha pra roubar jogos ou para comprar jogos para conta do garoto. E isso não foi feito, porque o Murilo não tem nenhum dado da minha conta”, acrescenta.
Um dia após o acontecido, a avó de Murilo, Mariceli dos Reis Longo, entrou em contato com a central do banco e conseguiu cancelar as compras provisoriamente, mas o valor ainda pode ser descontado. “Infelizmente foi um descuido. Eu acreditei que essas compras eram feitas com créditos conquistados nos jogos”, afirma.
Raul ainda vai entrar em contato com a Microsoft para tentar recuperar o prejuízo. “Eu espero que a Microsoft se sensibilize e cancele as compras”, completou o empresário.
Em contato com o UOL, o suporte da Microsoft explicou que normalmente nenhuma compra pela empresa é reembolsável, mas existe a exceção para transações feitas por crianças. Nesse caso o valor é reembolsado caso não tenha acontecido o mesmo problema anteriormente. Se a ocorrência se repetir, a Microsoft orienta o cliente a não deixar que as crianças tenham acesso ao aparelho sem supervisão.
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