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EUA vão mandar 300 "conselheiros militares" para o Iraque

Do UOL, em São Paulo

19/06/2014 15h02Atualizada em 19/06/2014 15h07

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (19) que irá enviar “300 conselheiros militares para o Iraque” com o objetivo de ajudar o Exército local a enfrentar o EIIL (Estado Islâmico no Iraque e no Levante). Segundo ele, os EUA também irão contribuir com equipamentos e centros de operações.

O grupo radical sunita que já assumiu o controle de três grandes cidades do país – Mossul, Falluja e Tikrit --, no momento luta pelo controle de uma das maiores refinarias do país.

Obama voltou a descartar o envio de tropas de combate, mas afirmou que os EUA "vão ajudar o Iraque a lidar com essa ameaça”. 

Mapa do Iraque com as cidades sob poder ou ameaça de insurgentes do EIIL - Arte/UOL - Arte/UOL
Cidades iraquianas sob poder ou ameaça de insurgentes
Imagem: Arte/UOL

Ele também falou que “ações militares pontuais e precisas” contra extremistas islâmicos no Iraque não estão descartas, mas só serão implementadas “com a autorização do Congresso”. O presidente não explicou o que seriam essas ações, mas estipula-se que sejam ataques com drones.

Na quarta-feira, o Iraque pediu aos EUA que realizassem ataques aéreos no país.

Segundo Obama, a ausência de “tropas residuais” americanas no Iraque após a retirada foi uma decisão do governo local. “Eles [o governo iraquiano] se recusaram a oferecer imunidade jurídica às nossas tropas”, disse.

Negociações

O presidente americano defendeu uma solução negociada para o confronto. “Não há solução militar para o problema do Iraque. Pelo menos não uma que envolva os EUA”, afirmou.

“Xiitas, sunitas, curdos, todos os iraquianos devem saber que precisam avançar em discussões politicas. Reuniões e diálogo são necessárias”, disse. “O Iraque deve formar um novo governo que represente todos os grupos do país.”

Sobre uma possível ajuda do Irã para solucionar o conflito, Obama afirmou que o país “pode desempenhar um papel construtivo se apoiar a ideia de que o Iraque é um país onde todos os grupos precisam se entender. Caso opte por apoiar apenas um deles, estará piorando a situação”.