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Após morte de líderes, Hamas executa 18 supostos informantes

Do UOL, em São Paulo

22/08/2014 08h40Atualizada em 22/08/2014 09h49

Um dia após a morte de três líderes do Hamas em um bombardeio israelense, o grupo islâmico palestino executou 18 supostos informantes de Israel na faixa de Gaza, nesta sexta-feira (22).

Sete palestinos suspeitos de colaborar com Israel foram mortos numa execução pública em uma praça no centro da Cidade de Gaza, disseram testemunhas e o Al-Majd, site do Hamas.

Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL

As vítimas, com as cabeças cobertas e mãos amarradas, foram mortas por atiradores mascarados vestidos de preto diante de uma multidão de muçulmanos que deixavam uma mesquita após a realização de preces.

Outras 11 pessoas suspeitas de colaborar com Israel foram mortas por atiradores em uma delegacia abandonada.

O Hamas alertou que "a mesma punição será imposta a outros" e disse que "as atuais circunstâncias nos forçaram a tais decisões", sugerindo um elo entre as execuções e a morte dos líderes.

Os três comandantes do braço armado do Hamas, identificados como Mohamed Abu Shamala, Raed al-Atar e Mohamed Barhum, morreram em um bombardeio da aviação israelense em Rafah, no sul da faixa de Gaza.

Esse bombardeio ocorre dois dias após outro ataque aéreo que matou a mulher um filho do chefe das Brigadas Ezzedin Al-Qassam, Mohamed Deif, que, segundo o movimento, segue vivo. 

A violência encerrou um período de calma que já durava 10 dias, a paz mais longa no conflito desde que Israel lançou sua ofensiva contra Gaza em 8 de julho, com o objetivo declarado de encerrar os disparos de foguetes do Hamas contra seu território.

Mais de 2.070 palestinos, a maioria civis, e 66 israelenses, a maioria soldados, foram mortos no conflito. (Com agências internacionais)