Superstições: o que os apostadores fazem para ter alguma sorte
Rostos tensos. Olhares fixos. Nenhum sorriso. Uma sala de espera de hospital? Funcionários aguardando uma bronca homérica de um chefe descontrolado? Não! São inúmeros apostadores divididos pelas muitas mesas dos cassinos daqui de Las Vegas, cidade que recebe o Miss Universo 2010. Tudo que eles pedem em troca de tamanha devoção é um pouquinho de sorte - o que, neste caso, significa um montão de dinheiro. Mas o que eles fazem para “atrair” a sorte?
(Aliás, por falar em Miss Universo, o que será que as misses fazem para terem sorte nos dias de concurso? Clique aqui e descubra!)
Após algumas conversas e muitas observações sobre o comportamento dos apostadores dos cassinos, é possível ver que cada um tem seu pequeno conjunto de regras particulares. Há, entretanto, duas leis que parecem ser universais:
1 - Estou jogando, não encha o meu saco.
2 - Respeite a primeira regra. Isto não é um pedido. Considere-se avisado.
Apostar parece ser um ato solitário, mesmo quando são casais. Normalmente, os dois pombinhos dividem a mesma máquina, mas apenas o homem aposta. A mulher aguarda, bebe, fuma ou estimula, mas o ato de macho-alfa de apertar o botãozinho e ficar esperando fica com o maridão.
As exceções são os pequenos (e raros) grupos de amigos que frequentam os caçaníqueis. E foram eles, justamente, que concederam nanossegundos de seu precioso tempo para conversar com o Editor do UOL Tabloide e revelar seus segredos... ou não.
“Não tenho nenhuma superstição. Não giro o canudinho da minha bebida em sentido horário ou anti-horário, por exemplo”, diz a californiana Camille que, em um primeiro momento, não queria revelar a sobrenome.
Após alguma insistência, ela disse o sobrenome e seu receio em se expor se explica: o sobrenome dela é Norris. “Como em Chuck Norris”, diz ela, como se o sobrenome mais famoso da internet precisasse de explicação.
(E, como se sabe, Chuck Norris tem tudo a ver com cassinos e jogos de sorte. Afinal, uma vez Chuck Norris venceu o Campeonato Mundial de pôquer com um dois de paus e uma carta “Saída Livre da Prisão” do Banco Imobiliário.)
As internautas viram misses: mande sua foto!
Mas, se no início “Norris, Camille Norris” escamoteia suas mandingas, depois acaba revelando: quando começa a ter sorte, ela não se mexe. Não move um dedinho. É a versão cassino para a máxima do futebol de que “em time que está ganhando não se mexe”.
Além disso, “Norris, Camille Norris” tem outro truque para apostar - que não chega a ser uma superstição: ela bebe. “É mais fácil jogar bebendo porque tira suas inibições, você fica sem medo de errar, de perder dinheiro. Por que você está rindo? É verdade!”
Outra californiana, Carol Vazquez também tem seu truque - e que, tal qual o de sua amiga “Norris, Camille Norris”, não chega a ser exatamente um lance que envolva sorte. “Gosto de jogar na roleta com homens sexies ao meu redor. Ajuda!”. Ahn-hã.
Mais mandingas
Há outras maneiras de torcer - e de tentar atrair a sorte - que a maioria dos apostadores até têm, mas não se dá conta disso. Por exemplo: conversar com a máquina caçaníquel, implorando por uma virada na sorte. Às vezes, até fazendo carinha de cachorrinho pidão necessitado pelas sobras do almoço. Não costuma dar certo.
Outro recurso bem utilizado é o de berrar com os dados. Normalmente, são fonemas sem sentido algum, alguma coisa entre “eeeeuuuuu” e “ooooaaaaaa”. De qualquer maneira, costumam ter tanto efeito quanto a carinha de cachorro pidão para a máquina caçaníquel.
Em três momentos diferentes o Editor do UOL Tabloide presenciou uma única pessoa apostando febrilmente em duas máquinas ao mesmo tempo. Nenhuma delas quis parar para dar entrevista. Aparentemente, elas não tinham tempo a perder. Só dinheiro.
A compenetração dos apostadores - não só desses “bígamos”, que têm relacionamentos com duas máquinas ao mesmo tempo - é tamanha que dá a impressão de que, no fundo, eles estão se sentindo profundamente solitários. Alguns jogam apertando firmemente o celular em uma das mãos. Outros, ficam com uma mão na máquina e a outra no copo de bebida, ou no cigarro aceso, ou ambos ao mesmo tempo.
A solidão deles é só aparente. Se você chegar perto e pedir dois minutos de conversa, não será atendido: azar o seu, jornalista. Aliás, em 100% dos casos em isso ocorreu, o azar foi deles também, que seguiram perdendo dinheiro (alguém aí disse a palavra “vingança?”).
É mais fácil conversar com os apostadores quando eles estão relaxando. Foi assim que o Editor do UOL Tabloide parlamentou com mais duas californianas (só sobrou o Arnold Schwarzenegger por lá? O que você andou aprontando, governador?). A jovem Taylor Chill tem uma superstição que requer trabalho: “eu mentalizo demais”, conta. “Penso muito que vou ganhar, faço foco, deixo só isso na minha cabeça... e, aí, aposto!” E funciona? “Normalmente, não...”, ri.
Anne, a tímida, também não quis revelar o sobrenome - será outra “parente” de Chuck Norris? Quantos filhos esse cidadão tem por aí, afinal? Mas Anne, a tímida, revelou sua superstição: não fala enquanto joga.
OK, Anne, a tímida. Não é só você.
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