Rebeldes declaram criação de Estado Islâmico no Iraque e Síria
O grupo rebelde EIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) disse ter estabelecido um Estado Islâmico nas áreas sob o seu controle no Iraque e na Síria. O anúncio foi feito neste domingo (30) em mensagem de áudio postada na internet. No comunicado, os rebeldes exigem que todos os muçulmanos "jurem lealdade" a Abu Bakr al-Baghdadi, líder do EIIL, e "rejeitem a democracia e outros tipos de lixo do Ocidente".
Al-Bagjdadi foi proclamado "califa Ibrahim" e "líder dos muçulmanos em todo lugar".
O Estado Islâmico se estenderia de Aleppo, no norte da Síria, até a província de Diyala, no leste do Iraque. Nas cidades sírias que foram tomadas recentemente, o grupo impôs a sharia, interpretação ultrapassada da lei islâmica. Com isso, há a obrigação de as mulheres andarem cobertas, proibição à música e escolas separadas para estudantes de sexos diferentes.
Tentativa de retomada
No domingo (29), o Exército do Iraque continuou sua ofensiva para recuperar a cidade de Tikrit, no norte do país, do domínio rebelde. De acordo com o porta-voz do exército iraquiano, Qassim Atta, forças de segurança do país mataram 142 "terroristas" no domingo, sendo 70 em Tikrit, antigo reduto de Saddam Hussein.
Segundo testemunhas, os rebeldes fizeram uma barreira de explosivos improvisados ao redor da cidade. Já o Exército de Bagdá enviou tanques e helicópteros para a região. De acordo com testemunhas, uma aeronave militar foi derrubada a tiros perto de um mercado em Tikrit.
Ataques do governo da Síria na região também têm sido intensificados à medida que o EIIL passou a controlar cidades estratégicas sírias próximas à fronteira com o Iraque.
Algumas horas depois do início da ação para retomar a cidade de Tikrit, o governo iraquiano anunciou o recebimento de aviões de combate Sukhoi vindos da Rússia para ajudar na contra-ofensiva no país.
O governo iraquiano já se beneficia de uma ajuda americana contra a ofensiva lançada pelos insurgentes sunitas no início de junho.
Estado curdo
A criação de um Estado curdo independente foi defendida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em resposta aos avanços dos rebeldes sunitas no Iraque e na Síria. Os curdos, que há tempos desejam um Estado independente, permanecem divididos entre Síria, Turquia, Irã e Iraque.
Em discurso feito em Tel Aviv, Netanyahu disse que os curdos "são uma nação de guerreiros", "provaram compromisso político" e "são dignos de independência".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.