Um dia após vazamento sobre Lava Jato, Maia e Toffoli cancelam eventos
Um dia após a divulgação de diálogos privados entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador responsável pela Lava Jato, Deltan Dallagnol, presidentes da Câmara e do STF (Supremo Tribunal Federal) cancelaram agendas públicas na manhã de hoje. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) até às 12h30 de hoje não tinha divulgado as atividades do dia.
As mudanças nas agendas acontecem um dia após o site "The Intercept Brasil" divulgar conversas privadas que indicam que Moro orientou as investigações da Lava Jato junto ao procurador chefe do caso, Deltan Dallagnol. A prática entre o ex-juiz e o procurador é considerada ilegal.
A assessoria do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou no início da noite de ontem que ele iria ao 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, em São Paulo. A informação do cancelamento da viagem foi informada na manhã de hoje. Não foram expostos o motivo da alteração e se houve outra agenda.
O presidente do STF, Dias Toffoli, cancelou a coletiva à imprensa que estava prevista para a manhã de hoje. A entrevista estava confirmada até a noite de ontem, quando assessores confirmaram que Toffoli atenderia jornalistas após participar da abertura de uma audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília.
A presença do ministro no evento do CNJ foi mantida. Ele permaneceu no lugar por 15 minutos e saiu apressado por uma porta contrária onde estava a imprensa. Durante a abertura do evento, ele fez um discurso de cinco minutos sobre a revisão das regras relativas a concursos públicos da magistratura.
Questionado por jornalistas sobre o motivo do cancelamento, um assessor do CNJ respondeu informalmente que Toffoli não iria responder as perguntas que os jornalistas gostariam de fazer. Oficialmente, o conselho não informou, até às 11h, o motivo do cancelamento. O evento com Toffoli acabou às 9h30.
Lava Jato confirma vazamento
O Ministério Público Federal no Paraná confirmou, em nota, que dados foram vazados, após ataque de hacker. O órgão sustenta que as mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram não mostram ilegalidade.
O mesmo posicionamento teve o ministro Moro (Justiça), que também considerou o conteúdo "sensacionalista".
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