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Tribunal peruano avalia prisão preventiva para esposa de Humala no caso Odebrecht

13.jul.17 - O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e a então primeira-dama, Nadine Heredia - Guadalupe Pardo/Reuters
13.jul.17 - O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e a então primeira-dama, Nadine Heredia Imagem: Guadalupe Pardo/Reuters

30/07/2020 14h43

Um tribunal peruano iniciou hoje uma audiência para decidir um pedido de prisão preventiva para a esposa do ex-presidente Ollanda Humala, Nadine Heredia, no contexto do escândalo de corrupção da empresa Odebrecht.

O juiz Carlos Sánchez abriu a audiência pela manhã, acompanhada virtualmente por Heredia, outros dois acusados, advogados e promotores.

A promotora Geovana Mori solicitou 36 meses de prisão preventiva contra Heredia e dois ex-ministros, investigados pelos supostos crimes de associação ilícita de criminosos e conluio agravado em detrimento do Estado por um contrato de construção de um gasoduto.

Segundo a promotoria, Heredia exercia um poder de fato dentro do aparato estatal durante o mandato de Humala (2011-2016).

"Heredia teria cumprido o papel de uma funcionária pública de fato", disse Mori na audiência.

Ela supostamente deu instruções e organizou reuniões com a finalidade de que a empresa Odebrecht adquirisse o Gasoduto do Sul.

Heredia e o ex-presidente Humala já foram detidos por nove meses em prisão preventiva por este caso entre 2017 e 2018.

Ambos são acusados de receber uma contribuição ilegal de US$ 3 milhões da Odebrecht na campanha que o levou ao poder em 2011.

A situação da ex-primeira-dama se complicou depois que o ex-chefe da Odebrecht no Peru, o brasileiro Jorge Barata, declarou aos promotores peruanos que lhe entregou o dinheiro pessoalmente.

O escândalo da Odebrecht, cujos líderes agora cooperam com a justiça peruana, atinge outros três ex-presidentes peruanos, além de Humala, e a líder da oposição Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).

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