Lava Jato: Sócio da Avianca se declara inocente após operação
O acionista majoritário da Avianca Holding, Germán Efromovich, se declarou inocente, hoje, de uma acusação de corrupção no Brasil e anunciou que está disposto a investir na companhia aérea em processo de reestruturação financeira sob a Lei de Falências dos Estados Unidos.
Germán Efromovich e seu irmão José foram colocados em prisão domiciliar na quarta-feira como parte de uma nova fase da operação Lava Jato que citou o suposto pagamento de propina para garantir um contrato de construção naval com a Transpetro, unidade de logística da Petrobras.
A investigação não tem relação com a Avianca.
"Os documentos falam por si e isso tem que cair por causa da gravidade, por seu próprio peso", disse Efromovich em entrevista virtual, na qual assegurou que o Ministério Público brasileiro, encarregado da investigação, foi induzido a implicá-lo no caso junto com seu irmão.
O empresário nascido na Bolívia garantiu que a investigação não tem nenhum impacto ou interferência em seus negócios e afirmou que suas empresas são independentes umas das outras, portanto, continuam operando normalmente.
Efromovich, que também tem nacionalidade colombiana e brasileira, disse que continua buscando retomar o controle do conselho de administração da Avianca e reconheceu que a empresa, que entrou em processo de reestruturação financeira em maio sob o capítulo 11 da Lei de Falências do Estado Unidos, precisa de investimento de capital para sair da crise.
"A Avianca vai precisar de investidores e nos inscrevemos no processo do capítulo 11 através dos advogados da Avianca em Nova York com um grupo de investidores que está disposto a investir comigo, para que possamos recuperar a Avianca e a deixar forte como eu deixei", disse o empresário, sem revelar detalhes de quanto investirá.
A Avianca não quis comentar a intenção de seu acionista majoritário de voltar a investir na companhia aérea.
Efromovich, de 70 anos, perdeu o controle da Avianca Holdings em maio de 2019, após deixar de cumprir um contrato de cobertura por um empréstimo de 456 milhões de dólares da norte-americana United Airlines, que por sua vez entregou a administração da principal companhia aérea da Colômbia ao parceiro minoritário Kingsland.
A Avianca lançou em meados de agosto um plano de financiamento de credores e acionistas por 1,2 bilhão de dólares em novos recursos, sem considerar pagamentos de dívidas já contraídas, como parte de seu processo de reestruturação nos termos do capítulo 11.
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