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Cisjordânia vive "dia da ira"; 6 palestinos são mortos

Do UOL, em São Paulo

25/07/2014 14h27Atualizada em 25/07/2014 14h36

O conflito entre Israel e Gaza se estendeu nesta sexta-feira (25) à Cisjordânia, ocupada por Israel, onde seis palestinos morreram nas últimas 24 horas em confrontos com colonos e com as forças de segurança israelenses.

Todos os movimentos palestinos convocaram um "Dia da Ira" na Cisjordânia, com manifestações contra a operação militar de Israel em Gaza, informaram fontes palestinas.

A convocação ocorreu após um ataque de Israel a uma escola da ONU em Gaza usada como refúgio deixar 15 mortos e 200 feridos, na quinta-feira (25).

Os mortos desde o começo do conflito, em 8 de julho, já ultrapassam os 800, a maioria civis. Do lado israelense, são 36 mortos, a maioria soldados.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou os muitos mortos, entre eles mulheres, crianças e funcionários do organismo, no ataque em Beit Hanun (norte da faixa de Gaza), enquanto Washington mostrou-se triste e pediu a proteção dos civis.

Ele também pediu uma "pausa humanitária" para Gaza em função da festa do Aid el-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

O embaixador palestino na ONU pediu em uma carta ao Conselho de Segurança uma investigação imediata, imparcial e completa sobre o bombardeio.

O Exército israelense prometeu uma investigação, explicando ter respondido a foguetes do Hamas lançados de Beit Hanun.

Cerca de 110.000 palestinos se refugiaram nos centros da UNRWA, responsável por 75 das 116 escolas que, segundo a Unicef, sofreram danos na ofensiva,

Corredor humanitário

Nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu a criação de um corredor humanitário em Gaza para retirar os feridos e transportar medicamentos.

Mais de 5.100 pessoas foram feridas em Gaza, explicou um porta-voz da OMS, Paul Garwood, em Genebra.

"A OMS está muito preocupada pelo sofrimento humano e pela deterioração das condições de vida em Gaza devido ao conflito", afirma um comunicado. "A OMS pede a criação de um corredor humanitário para retirar os feridos, e para enviar medicamentos", acrescenta. (Com agências internacionais)