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Caso Marielle

Marielle: polícia apreende lancha de suspeito em condomínio de luxo no RJ

O policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, acusado de efetuar dos disparos que mataram Marielle - Reprodução/SBT
O policial militar reformado Ronnie Lessa, 48, acusado de efetuar dos disparos que mataram Marielle Imagem: Reprodução/SBT

Luis Kawaguti

Do UOL, no Rio

13/03/2019 17h31

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou hoje ter apreendido uma lancha em um condomínio de luxo em Angra dos Reis, na Costa Verde do estado, que pertenceria ao policial militar reformado Ronnie Lessa, um dos presos acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

A lancha foi achada ontem e estava em nome de Alexandre Motta Souza, que é amigo de Lessa. Na casa de Souza, também foram achadas peças que seriam usadas para montar 117 fuzis. Para a polícia, as armas pertencem ao PM reformado, que também foi indiciado por posse ilegal de armas.

As defesas de Lessa e Souza negam envolvimento de seus clientes no assassinato de Marielle.

A Divisão de Homicídios, que investiga o caso, afirmou acreditar que Souza atuava como laranja de Lessa.

A lancha é a mesma embarcação na qual Lessa e o ex-PM Élcio Queirós, também preso e acusado de envolvimento nos assassinatos, passaram juntos o último Carnaval, de acordo com investigação do Ministério Público.

A lancha foi apreendida em um condomínio de luxo de Angra dos Reis chamado Portogalo. Os bens ligados ao policial reformado chamaram a atenção da polícia, pois a pensão correspondente à sua patente seria de pouco mais de R$ 7.000.

Questionado sobre os bens de Lessa, o advogado de defesa de Fernando Santana disse que não poderia abordar o assunto no momento.

Os dois vinham sendo monitorados desde outubro pela polícia por suspeita de envolvimento no caso Marielle. As prisões ocorreram na madrugada de ontem, quando a polícia acreditou ter provas suficientes para incriminá-los. Lessa é acusado de ter feito os disparos e Queirós de ter dirigido o carro usado na emboscada que matou a vereadora.

O assassinato completa um ano amanhã. Uma segunda fase de investigações ainda deve tentar descobrir o que motivou o crime e se houve um mandante.

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