Suspeito de matar Marielle, PM comprou lote em condomínio de luxo em Angra
Resumo da notícia
- Com salário de R$ 7.400, sargento reformado pagou R$ 600 mil à vista por terreno
- Condomínio em Angra dos Reis (RJ) era frequentado pelo piloto Ayrton Senna
Suspeito de assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, 48, comprou um lote de 3.400 metros quadrados em um condomínio de luxo em Angra dos Reis (RJ).
Em julho de 2015, o PM pagou R$ 600 mil à vista pelo terreno no condomínio Portogalo, de acordo com documentos obtidos pelo UOL em cartórios no Rio e em Angra. Corrigido pela inflação, o valor chega a R$ 718 mil. De acordo com dados da PM, ele recebe R$ 7.400 mensais de aposentadoria.
Lessa construiu uma mansão, onde guardava uma lancha. O ex-PM Élcio Vieira Queiroz, também preso por suspeita de participar do atentado contra Marielle, frequentava o local. De acordo com o jornal "O Globo", Lessa tinha intenção de construir um muro de três metros de altura que cercaria o terreno. A obra estava orçada em R$ 123 mil.
Lessa chegou a integrar o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e atuou como segurança para um dos principais clãs do jogo do bicho do Rio. A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam de que ele atue como matador de aluguel, traficante de armas e "armeiro" (quem adapta armas para grupos criminosos). Hoje, Lessa está preso no presídio federal de Mossoró (RN) sob acusação de ter matado Marielle e Anderson (veja mais abaixo). Além disso, responde à Justiça por comércio ilegal de armas. A defesa do PM reformado afirma que ele é inocente.
Portogalo ficou conhecido publicamente nos anos 1990 pelo fato de o tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna (1960-1994) ter comprado uma casa lá. O valor de uma residência varia de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões, de acordo com pesquisa junto a imobiliárias que atuam na região.
Preso em condomínio na Barra
Lessa foi preso na madrugada do dia 12 de março ao sair de sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Ele residia no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro.
No mesmo dia, a DH (Delegacia de Homicídios da Capital) apreendeu 117 fuzis incompletos na casa de um amigo do PM reformado. Segundo a Polícia Civil fluminense, a apreensão feita no endereço de Alexandre Motta Souza foi recorde na história do estado.
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