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Caso Marielle: Bombeiro deu sumiço em celular antes de prisão, diz jornal

10.jun.2020 - O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por policiais após ser preso sob suspeita de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco - Diego Maranhão/AM Press & Images/Estadão Conteúdo
10.jun.2020 - O bombeiro Maxwell Simões Correa é conduzido por policiais após ser preso sob suspeita de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco Imagem: Diego Maranhão/AM Press & Images/Estadão Conteúdo

DO UOL, em São Paulo

12/06/2020 11h49Atualizada em 12/06/2020 14h24

Preso na manhã da última quarta-feira (10), o sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa deu sumiço ao seu celular antes da chegada dos policiais em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação é do jornal O Globo.

Maxwell foi preso por suspeita de ter ajudado a ocultar armas de Ronnie Lessa, um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes

Segundo o jornal, a Polícia Civil não encontrou o objeto, considerado peça importante na investigação. Maxwell demorou a abrir a porta, o que ligou o alerta da Polícia. Mesmo arrombando a porta de imediato, o celular não foi localizado depois de três horas de varredura.

O jornal ainda diz que a polícia monitorava as ligações do sargento em um celular que seria usado exclusivamente para tratar de possíveis negócios ilícitos. Porém, apenas o telefone de sua esposa foi encontrado na casa durante a operação.

De acordo com o Ministério Público, Maxwell teria tentado "atrapalhar de maneira deliberada a investigação" do caso Marielle. Conhecido como Suel, ele é suspeito de ter ajudado a esconder armas que pertenceriam a Ronnie Lessa, de quem é apontado pela força-tarefa como braço-direito

Além da possível participação na ocultação das armas, o sargento do Corpo de Bombeiros também será investigado pelo crime de lavagem de dinheiro. Segundo a DH da Capital (Delegacia de Homicídios), Maxwell trabalha com compra e venda de carros importados.

Procurado pelo UOL durante a semana, o advogado Leandro Meuser, que representa Maxwell, disse que o patrimônio do bombeiro não está sob investigação. "Se ele for acusado de lavagem de dinheiro, a renda dele vai ser comprovada no momento apropriado", disse.

Segundo o defensor, a casa onde Maxwell mora, avaliada em R$ 1,9 milhão, é alugada.

Ele também minimizou a relação entre o bombeiro e Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. "Eles se conhecem, mas não são próximos."

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