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Ataques a parque e hospital em Gaza deixam ao menos 10 mortos

Do UOL, em São Paulo

28/07/2014 12h18Atualizada em 28/07/2014 13h56

Bombardeios nesta segunda-feira (28) atingiram um parque e um hospital em Gaza, deixando ao menos 10 mortos, entre eles 8 crianças, e mais de 40 feridos. De acordo com autoridades palestinas, o bombardeio partiu das forças israelenses; de acordo com Israel, o autor dos disparos foi o próprio Hamas, por um erro.

"Há pouco o hospital Al-Shifa e o campo de refugiados de Al-Shati foram atingidos por ataques de foguetes fracassados disparados por terroristas de Gaza", afirmou o Exército israelense em um breve comunicado.

Já o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, disse que tinham sido registrados dois bombardeios simultâneos, um dos quais teve como alvo um parque no oeste do campo de refugiados de Al-Shati, enquanto o segundo acertou as clínicas externas do hospital Shifa.

Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL

Mais tarde, o Exército de Israel enviou SMS e panfletos a moradores de bairros norte de Gaza, alertando-os para que deixem suas casas imediatamente, o que sugere que um aumento das ações militares é iminente.

Gaza vivia um dia de relativa calma, com uma espécie de trégua informal em respeito ao Eid al-Fitr, feriado que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado do islã.

Os ataques ocorreram momentos após o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterar seu pedido pelo fim imediato da violência em Gaza, afirmando que a situação no território palestino é "crítica".

Ban fez as declarações na sede da ONU em Nova York, após voltar de sua visita ao Oriente Médio como parte das negociações de um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico radical Hamas.

 

"Em nome da humanidade, a violência tem de parar", afirmou. 

O secretário afirmou que ambos os lados têm o dever de proteger os civis mas têm agido de forma "moralmente errada".

A ofensiva de Israel em Gaza, começada há três semanas, já deixou mais de mil mortos, a maioria civis palestinos. Do lado israelense, 43 soldados e 2 civis foram mortos, além de um tailandês.

No domingo, o Conselho de Segurança da ONU pediu "um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional" na guerra de Gaza entre Israel e o Hamas. O pedido foi feito após reunião de emergência reunida na sede da entidade, em Nova York, e foi criticado tanto por israelenses quanto por palestinos.

O cessar-fogo permitiria a entrega de "ajuda urgente", diz a declaração, lida pelo presidente rotativo do Conselho, o embaixador de Ruanda, Eugene- Richard Gasana. O texto acordado por unanimidade insta Israel e o Hamas "a aceitar e implementar integralmente o cessar-fogo humanitário no período do Eid al-Fitr".  (Com agências internacionais)