Cunha é transferido para presídio de Bangu onde está Cabral
O ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB) é transferido hoje do Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, para o Rio de Janeiro. Ele chegou no começo da tarde ao aeroporto do Galeão, na zona norte carioca, em aeronave da Polícia Federal. Em seguida, foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo delito e, por volta das 13h45, chegou ao Complexo de Gericinó, em Bangu (zona oeste).
Ele ficará detido na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, onde está preso o ex-governador do estado Sérgio Cabral (MDB) e outros réus e condenados na Lava Jato. Cunha estava preso desde outubro de 2016 no Paraná no âmbito Operação Lava Jato. Na transferência para o Rio, o ex-presidente da Câmara usava terno e gravata.
Escoltado por agentes da Polícia Federal, ele deixou a prisão no Paraná por volta das 8h15, rumo ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.
O juiz substituto da 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, Ronaldo Sansone Guerra, autorizou a mudança de unidade prisional na última quarta-feira (29).
A decisão atendeu o pedido feito pela defesa do ex-parlamentar, com base no artigo 103 da Lei de Execução Penal, que orienta a permanência do detento em local próximo ao meio social e familiar.
Na semana passada, a Justiça do Rio havia se manifestado favoravelmente à transferência. Já o Ministério Público do Paraná foi contrário, alegando que Cunha poderia se utilizar da influência política para novos crimes e estaria perto de antigos aliados.
Os mesmos argumentos da Promotoria foram usados em 2017, pelo ex-juiz federal e agora ministro Sergio Moro, para negar por duas vezes a transferência de Cunha do Paraná para o Rio.
Já o magistrado Guerra entendeu que a ressocialização do preso deve ser priorizada.
Preso na Lava Jato
Cunha cumpre pena por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas.
A pena inicial dada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, então comandada por Moro, foi de 15 anos e quatro meses de prisão, tempo reduzido pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) a 14 anos e seis meses.
O ex-presidente da Câmara é acusado de receber US$ 1,5 milhão em propina de um contrato para exploração de um campo de petróleo na África pela Petrobras, dinheiro enviado para uma conta na Suíça. Ele sempre negou as acusações.
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