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Fizeram uma canalhice comigo, diz Lula sobre filho na Lava Jato

17.nov.2019 - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa no Festival Lula Livre, no Recife - Adriano Machado/Reuters
17.nov.2019 - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa no Festival Lula Livre, no Recife Imagem: Adriano Machado/Reuters

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

10/12/2019 21h10Atualizada em 10/12/2019 22h03

Resumo da notícia

  • Filho de Lula foi um dos alvos da nova etapa da Operação Lava Jato
  • Petista fez críticas à Lava Jato, que estaria levando descrédito a instituições
  • Lula também falou que irá às ruas a partir de janeiro, ano de eleição

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "canalhice" a fase da Operação Lava Jato que teve entre os alvos um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva. A declaração foi dada na noite de hoje, em São Paulo, durante discurso na quadra do Sindicato dos Bancários, horas depois da deflagração da operação Mapa da Mina.

"Como a Lava Jato está caindo em descrédito com a opinião pública, fizeram uma denúncia de um inquérito que tinha sido arquivado pela Polícia Federal", afirmou o ex-presidente.

Para o petista, os responsáveis pela operação "estão jogando num descrédito instituições poderosas que precisam ser justas e ter credibilidade".

De fato, há um caso relativo à Gamecorp que foi arquivado pela PF e o MPF (Ministério Público Federal) em 2012, mas que envolvia um investimento específico de R$ 5 milhões da antiga Telemar em troca, supostamente, da mudança de regras que permitiu a fusão da Telemar com a Brasil Telecom. Esta mudança ocorreu no governo Lula. O MPF não viu irregularidades na transação.

Segundo o MPF do Paraná, o objetivo da operação Mapa da Mina foi aprofundar investigações sobre repasses suspeitos de mais de R$ 132 milhões realizados pelo grupo Oi/Telemar para empresas do grupo Gamecorp/Gol, que tem Lulinha entre seus controladores. O filho de Lula não foi o único alvo, e a Polícia Federal cumpriu 47 mandados de busca e apreensão.

A investigação também apura suspeitas de que o sítio de Atibaia (SP) foi adquirido com recursos oriundos de contratos superfaturados fechados pelo grupo Oi/Telemar com empresas controladas por Lulinha.

Volta às ruas em janeiro

Bastante rouco, Lula fez um discurso de menos de 15 minutos por ocasião do lançamento da segunda edição de seu livro "A verdade vencerá" (Ed. Boitempo).

Além de comentar a investigação sobre o filho, o ex-presidente voltou a criticar a Lava Jato, a imprensa e o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

"Esse país não pode ser governado pelo tipo de gente que está governando esse país", disse. "Essa gente está aí está para destruir todos os sonhos que nós construímos ao longo de todos esses anos."

O ex-presidente disse ainda que vai "descansar um pouco", mas prometeu que, "a partir de janeiro, o Lula está na rua" —2020 é ano de eleições municipais.

Filho de Lula é alvo de nova etapa da Operação Lava Jato

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