Heróis da vida real são ativos na web, onde trocam dicas e se atacam
Outro traço importante para entender o movimento é o papel da internet nesta geração de super-heróis. Muitos deles têm Facebook, Myspace ou similar, postam suas ações no Twitter e participam ativamente de fóruns de discussões e outras redes sociais. Online, trocam dicas sobre como ajudar melhor suas comunidades, pedem ajuda para divulgar tragédias e formas de ajudar, e relatam situações pelas quais passaram. Além disso, comentam casos de grande repercussão, como o desamparo trazido pela passagem do furacão Sandy em Nova York ou a má repercussão provocada pelo tiroteio em uma cinema do Colorado, na estreia do último filme do Batman.
A mesma internet que aproxima é também a que divide o movimento. Alguns super-heróis da vida real dizem não frequentar fóruns justamente para evitar o drama online e as competições de "você não é herói" em que alguns debates se tornam.
Quem são, o que fazem, por que diabos, o que leva?
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"Há quem diga que as discussões online entre super-heróis são o maior problema do movimento", diz o jornalista Tea Krulos, autor de um blog sobre super-heróis da vida real e que lançará em 2013 um livro sobre eles. Krulos, que calcula ter ouvido mais de 150 pessoas em sua pesquisa, diz que muitos parecem estar online o tempo todo, sobrando pouco tempo para atos de heroísmo. Ele considerou como super-heróis autênticos apenas aqueles que conseguiram provar a realização de seus feitos heroicos.
Mal na foto
Em uma cena do filme Kick-ass: quebrando tudo, quando o personagem principal, fantasiado de super-herói, tenta impedir três homens de cometerem um assalto, um dos ladrões berra para ele: "o que há de errado com você, garoto?". O menino então responde: "três animais estão espancando um homem enquanto todo mundo só fica olhando, e você quer saber qual o problema comigo?"
A sequência ilustra o receio de alguns heróis da vida real em aparecer. Muitos dos ouvidos pelo UOL Tabloide têm queixas parecidas, quando sai algo sobre eles na imprensa. A imagem que se faz deles é de pessoas que só querem aparecer, dizem, e o tom das reportagens busca torná-los motivo de piadas infinitas.
Um dos mais conhecidos heróis da vida real, Phoenix Jones, recentemente apareceu em um documentário de TV, o que talvez fosse algo positivo - exceto pelo fato de que o programas mostrava, além de Jones, pessoas que gostam de se vestir como animais de pelúcia, e uma mulher cuja tara era se fingir de paraplégica. Ou seja, o retrato é de indivíduos com distúrbios de personalidade.
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