Saiba quem é quem no Caso Marielle
Resumo da notícia
- Conheça os nomes das vítimas e dos investigados do Caso Marielle
- Vereadora e motorista foram mortos em 14 de março de 2018 e até hoje o crime não foi solucionado
Na noite de 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em uma emboscada no bairro do Estácio, Rio de Janeiro.
Ontem, uma citação nominal ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez com que se especulasse sobre a possibilidade de o caso ser levado à alçada do STF (Supremo Tribunal Federal).
Conheça abaixo todos os envolvidos no caso de acordo com investigações da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República:
As vítimas
Marielle Franco, vereadora do Rio em seu primeiro mandato pelo PSOL, e o motorista Anderson Gomes morreram a tiros de submetralhadora HK MP5, utilizada geralmente por forças de elite da polícia do Rio. Os tiros partiram de um Cobalt prata com placa clonada. Fernanda Chaves, assessora de Marielle, sobreviveu ao atentado.
Os acusados pelo atentado
Quase um ano depois, a Polícia Civil do Rio prendeu dois homens: Ronnie Lessa, PM da reserva acusado de efetuar os disparos, e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no atentado.
Recentemente, novas prisões foram efetuadas. Todas as pessoas são ligadas a Lessa e acusadas do sumiço da arma usada no crime, que teria sido jogada ao mar: Elaine Lessa e Bruno Figueiredo, mulher e cunhado do PM da reserva, além do empresário José Márcio Mantovano e o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas.
O miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcello Sicilliano chegaram a ser considerados os principais suspeitos de serem os mandantes do atentado. Posteriormente, essa hipótese foi descartada pois o testemunho contra eles era falso.
Acusados de obstrução do caso
Desde de outubro do ano passado, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), a Polícia Federal começou a investigar se houve ações para evitar a elucidação do caso. Baseada neste inquérito federal, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou cinco pessoas por obstrução e apontou que o ex-deputado e conselheiro afastado Domingos Brazão (ex-MDB) "arquitetou o homicídio de Marielle." Ele nega.
As outras quatro pessoas denunciadas foram:
- Hélio Khristian Cunha de Almeida, delegado federal que levou testemunha falsa à Polícia Civil;
- Gilberto Ribeiro da Costa, assessor de Brazão que arquitetou a obstrução da investigação;
- Rodrigo Jorge Ferreira, PM que mentiu em depoimento para atrapalhar a investigação;
- Camila Lima Nogueira, advogada acusada de ajudar Ferreira a mentir em depoimento
Outros suspeitos
As investigações apontam que há indícios da participação de membros do Escritório do Crime no atentado. A quadrilha é ligada a milícias que atuam na zona oeste do Rio é formada por matadores de aluguel, que agem a mando, principalmente, do jogo do bicho.
Alguns dos integrantes do Escritório do Crime são:
- Major Ronald Paulo Pereira, um dos chefes da quadrilha que teria participado do atentado;
- "Capitão" Adriano Magalhães da Nóbrega, o outro chefe do Escritório do Crime que teria participado do atentado. Sua ex-mulher e mãe trabalharam no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando ele era deputado estadual pelo Rio. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro já homenageou Adriano e Ronald com honrarias da Assembleia Legislativa do Rio.
- Marcus Vinicius Reis dos Santos, miliciano ligado a Brazão que intermediado contato com os assassinos;
- Leonardo Gouveia da Silva, o Mad, Leonardo Luccas Pereira, o Leléo, Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, matadores de aluguel que foram apontados como os assassinos de Marielle e Anderson pelo miliciano Beto Bomba, em uma conversa telefônica encontrada pela Polícia Federal.
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