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Caso Marielle

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Não queremos a PF que Bolsonaro quis intervir, diz viúva de Marielle

08.03.2019 - Mônica Benício, viúva da vereadora assassinada Marielle Franco, durante ato na Candelária, no Rio de Janeiro (RJ), durante o Dia Internacional da Mulher. - Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
08.03.2019 - Mônica Benício, viúva da vereadora assassinada Marielle Franco, durante ato na Candelária, no Rio de Janeiro (RJ), durante o Dia Internacional da Mulher. Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/05/2020 13h00

A viúva da vereadora Marielle Franco, Monica Benício, ressaltou hoje em entrevista à Globo News que as famílias da vereadora assassinada e do seu motorista, Anderson Gomes, são contra a federalização do caso que será votado amanhã no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Nós não queremos que a polícia que Jair Bolsonaro declarou que quer fazer intervenção cuidando de um caso que ele nunca se importou e quando se manifestou foi com desrespeito", declarou Monica.

Segundo ela, não há "razões técnicas" que justifiquem a federalização. "Hoje, a gente não identifica esse deslocamento de competência como razoável, inclusive porque a gente está falando de dois anos e dois meses de um caso muito complexo, infelizmente um assassinato que foi muitissímo bem executado. Então a PF teria acesso a todos volumes do inquérito, um material absurdo, isso sem dúvida iria gerar prejuízo para as investigações", avalia a viúva.

Monica lembrou ainda que, enquanto a investigação está no Rio de Janeiro, a família ainda tem acesso a parte da movimentação do caso e que isso não aconteceria na federalização. "A gente mantém diálogo constante com o MP-RJ, que apresenta o andamento do caso. As investigações correm, existe uma satisfação sendo dada", disse.

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