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Caso Marielle

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Tales: É preciso 'limpar' a polícia do RJ para saber quem matou Marielle

Colaboração para o UOL, em São Paulo *

14/03/2022 10h11Atualizada em 14/03/2022 11h16

Para Tales Faria, colunista do UOL, é "evidente" que grupos milicianos atuantes no Rio de Janeiro estão por trás do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completa quatro anos hoje. O caso só será elucidado, segundo ele, quando houver uma "limpeza" geral na instituição.

"O problema é que a milícia é muito ligada à polícia", disse Tales Faria em entrevista ao UOL News, programa do Canal UOL, avaliando que a corporação "enrola" para chegar a conclusões envolvendo o crime.

"Enquanto no Rio de Janeiro a milícia continuar quase que comandando a polícia, vai ser difícil esse caso chegar a algum resultado. Tem que haver uma limpeza geral para sabermos, de fato, quem matou Marielle", acrescentou.

Quatro anos após o assassinato da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes, ainda não há respostas por parte das investigações sobre quem mandou matar Marielle Franco, e nem por qual motivo.

Em março de 2019, o sargento reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz chegaram a ser presos. O primeiro foi apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. O segundo, como condutor do veículo de onde eles partiram.

Em julho de 2021, nove promotores foram anunciados como novos integrantes da força-tarefa do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que investiga o assassinato da dupla.

A entrada dos nove se deu após a saída voluntária de duas promotoras de Justiça do caso, que alegaram "interferências externas" ao anunciarem a decisão.

Atualmente, na Polícia Civil, as investigações passam hoje pelo quinto delegado responsável pelo caso. As trocas no comando do órgão são vistas com preocupação pelo Comitê Justiça por Marielle e Anderson, criado pelas famílias para acompanhar o desenrolar do caso na Justiça.

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