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Operação Lava Jato

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Lava Jato denuncia gestor de gráfica ligada ao PT

Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Imagem: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Pedro Prata

São Paulo

17/01/2020 07h19

O Ministério Público Federal no Paraná denunciou ontem Paulo Roberto Salvador, administrador da Editora Gráfica Atitude, pelo crime de lavagem de dinheiro. A Atitude, de acordo com as investigações, é ligada ao PT.

Salvador é acusado de lavar R$ 2,4 milhões, entre 2010 e 2013, por meio da celebração de contratos de prestação de serviços ideologicamente falsos com o Grupo Setal/SOG Óleo e Gás. Esta é a primeira denúncia da Lava Jato em 2020.

Segundo a Procuradoria, Salvador teve "apoio" do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do executivo do Grupo Setal/SOG Óleo e Gás Augusto Mendonça e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

A denúncia afirma que Mendonça prometeu pagamento de propina a Duque —apontado como operador do PT no esquema na Petrobras— e a Vaccari relativa a contratos da estatal petrolífera. Para isso, conforme a acusação, os R$ 2,4 milhões foram repassados pelo Grupo Setal/SOG Óleo e Gás de forma dissimulada, por meio da contratação da Editora Gráfica Atitude, a pedido de Vaccari.

"Os repasses foram realizados com base em contratos e notas fiscais ideologicamente falsos, e a gráfica jamais prestou serviços reais às empresas do grupo Setal/SOG", sustenta a força-tarefa da Lava Jato.

Mendonça, Vaccari e Duque já respondem pelo crime de lavagem descrito na denúncia perante a 13ª Vara Federal de Curitiba. Pelo crime de corrupção, os três já foram condenados.

A defesa de Salvador não foi localizada pela reportagem.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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