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Polícia Civil e MP realizam operação ligada ao caso Marielle, diz TV

Policiais fazem buscas em imóvel em operação ligada ao caso Marielle, no Rio de Janeiro - Reprodução/Globonews
Policiais fazem buscas em imóvel em operação ligada ao caso Marielle, no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/Globonews

Do UOL, em São Paulo

30/06/2020 06h45

A Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) fazem uma operação hoje contra integrantes do chamado Escritório do Crime, milícia com atuação na zona oeste da capital fluminense que se dedica a homicídios por encomenda.

A ação, batizada de Tânatos, numa referência ao 'Deus da Morte' na mitologia grega é um desdobramento da investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, segundo a emissora Globonews.

Além de mandados de busca e apreensão, os agentes também cumprem pedidos de prisão de denunciados por compor a organização criminosa. Foram presos no início da manhã Leonardo Gouvêa da Silva, vulgo MAD, e Leandro Gouvêa da Silva, conhecido como Tonhão.

Segundo o Ministério Público, a operação é resultante de três denúncias sobre supostos crimes cometidos pelo grupo, que possuía ligação com Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, "que exercia forte influência sobre o bando". Adriano foi morto em fevereiro deste ano durante operação que buscava prendê-lo na Bahia.

Adriano, de acordo com o MP, é apontado como mandante do homicídio de Marcelo Diotti da Mata, na noite do dia 14 de março de 2018, mesmo dia em que Marielle e Anderson foram assassinados. Diotti seria visto como desafeto do grupo, segundo a investigação, e já havia sido preso por homicídio e exploração de máquinas de caça-níqueis.

O grupo também é apontado como autor da tentativa de assassinato do PM reformado Anderson Cláudio da Silva, o Andinho, e do também PM Natalino dos Santos Rodrigues, em janeiro de 2018, em Bangu. O primeiro não foi atingido pelos disparos e o segundo, apesar de baleado, sobreviveu ao ataque.

"Após essa data, apurou-se que os denunciados, em diferentes dias, se deslocaram a outros endereços vinculados a Anderson, com o intuito de monitorar sua rotina, em busca de obter êxito em uma segunda investida criminosa, que veio a ocorrer em 10 de abril do mesmo ano", informou o Ministério Público.

De acordo com a promotoria, Leonardo exerce a chefia sobre os demais e seu irmão, Leandro, atua como motorista do grupo, tendo ainda como tarefa o levantamento, a vigilância e o monitoramento das vítimas.

Outros dois denunciados cumprem funções semelhantes, sendo ainda braços armados: João Luiz da Silva, o Gago, e Anderson de Souza Oliveira, o Mugão, ambos ex-policiais militares.

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