MPRJ faz acordo com Facebook para obter dados e ajudar no caso Marielle
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) obteve acordo judicial com Facebook para obter dados que podem ajudar na busca pelos mandantes do crime contra a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes. Os dois foram mortos em 14 de março de 2018 em uma emboscada na região central do Rio.
Com o acordo proposto pela rede social de Mark Zuckerberg, será a primeira vez que a empresa disponibilizará seus dados para a investigação.
"Esperamos que o longo período de tempo em que eles se recusaram a nos fornecer os dados não tenha causado prejuízo e que esse acordo possa resultar em informações importantes para aprofundar as investigações", explicou a coordenadora da força-tarefa, a promotora de Justiça Simone Sibilio.
"Não podemos afirmar que, com as informações do Facebook, chegaremos aos mandantes, mas esperamos que ajudem", acrescentou a promotora.
A análise sobre o acordo com o Facebook é da 4ª Vara da Comarca da Capital, que já havia determinado multa de R$ 5 milhões pelo descumprimento da decisão judicial.
O pedido para a concretização do acordo foi feito no último dia 24 de fevereiro, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), no período em que cumpriu os prazos processuais e exerceu o controle externo de todos os atos policiais, antes da instituição da força-tarefa.
Três anos após o atentado, os investigadores ainda não apontaram quem foi o mandante do crime. São acusados da execução dos assassinatos o policial militar reformado Ronnie Lessa (apontado como o atirador) e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz (apontado como motorista do carro envolvido no crime). Presos há dois anos, eles vão a júri popular.
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